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Reportagem

Testagem de docentes e auxiliares. “Em termos psicológicos e emocionais, este processo ajuda”

06 set, 2021 - 11:40 • Bruna Sousa

Professores, funcionários e alunos vão ser testados no início do ano letivo. A Renascença foi à Escola Secundária Sá de Miranda, em Braga, para perceber o que professores e funcionários pensam sobre a medida. A verdade é que, até esta segunda-feira, dia previsto para o arranque da testagem, ainda não foram contactados.

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A tratar dos preparativos para o início de um novo ano letivo, a diretora da Escola Secundária Sá de Miranda considera crucial a testagem de professores, funcionários e alunos antes do início das aulas.

Diz que vai permitir à comunidade escolar estar mais à vontade e, consequentemente, que o ano comece com mais tranquilidade. “O primeiro contacto dos professores com os seus alunos é fundamental - toda esta parte de preparação do ano e de interação com os alunos... E, por isso, ao estar-se de uma forma mais descontraída, porque se sabe que não há ali nenhuma situação no imediato, permite que esse contacto aconteça de uma forma mais natural, mais normal”, aponta Antonieta Silva.

“Mesmo em termos psicológicos e emocionais, este processo ajuda. Sabermos que a testagem aconteceu e não houve casos”, realça.

Descontração com ‘pavio curto’

De qualquer das formas, a diretora da Escola Secundária Sá de Miranda não deixa de sublinhar que se trata de uma descontração com ‘pavio curto’ - “nós sabemos que a identificação de casos Covid, através de uma testagem, é mesmo momentânea. Digamos que só nos vai descansar um bocadinho, porque a testagem tem efeito num tempo muito reduzido, mas permite-nos, realmente, sabermos como é que estamos e atuarmos logo de início”.

A testagem não é obrigatória. No entanto, a diretora da Escola Secundária Sá de Miranda garante que a comunidade escolar tem consciência de que a prevenção é o caminho. “Não há aqui uma obrigação, há, realmente, uma recomendação muito forte para haver testagem.”

Já a coordenadora dos assistentes operacionais deste estabelecimento assegura que também os não docentes querem ser testados. “Vamos iniciar o ano letivo e para estarmos todos mais descansados e para que o ano se inicie a correr bem...todos concordamos com isso e todos aceitamos ser testados”.

Professores e funcionários serão testados antes dos alunos. Anabela Silva explica que essa disposição se deve à ordem de chegada dos diferentes elementos à escola, “nós estamos cá, nós funcionários, a seguir vem os professores e, por último, vêm os alunos”.

O mesmo frisa a diretora da escola - “esta priorização tem mesmo a ver com a interação com a escola.

Os professores já cá estão, os alunos ainda não. A partir do dia 1 de setembro, já todos estão na escola e, por isso, é natural que a testagem seja feita aos professores. Os alunos vêm dia 17 e será a partir do dia 17 que efetuarão essa testagem”, indica a responsável.

Os professores serão testados de 6 a 17 de setembro. Os alunos do ensino secundário regressam a partir do dia 17, mas a testagem só ocorrerá de 20 de setembro a 1 de outubro. Por sua vez, os testes à Covid-19 para alunos do 3º ciclo estão apenas previstos de 4 a 15 de outubro.

Uma das professoras do agrupamento Sá de Miranda, Maria do Céu, crê que os alunos deveriam ser testados antes de irem para a escola, mas também sabe que isso seria impraticável. “Seria importante os alunos fazerem primeiro, mas não é prático, no sentido em que eles só chegam à escola no dia 17 e torna-se difícil testar, com rapidez, centenas, senão milhares de alunos”.

Escola ainda não foi contactada

Até esta segunda-feira, dia previsto para o arranque da testagem, a Escola Secundária Sá de Miranda não foi contactada sobre o processo. Segundo Antonieta Silva, não sabem quando será, nem a entidade que o fará. A informação foi confirmada por outras escolas do distrito de Braga.

A vontade seria de uma testagem coincidente com o início do ano letivo e regular de toda a comunidade letiva. Perante a impossibilidade, Antonieta Silva afirma que o objetivo é que ninguém se veja afastado da escola por causa da pandemia.

“Aquilo que pretendemos é trabalhar por antecipação, de forma a tentarmos que, nos muitos meses e semanas e dias que vêm de aulas, sejam todas presenciais. Não haja o motivo Covid a levar a alunos ou docentes a terem de ficar em casa. Este é o nosso trabalho e creio que é nesta parte que todos sintonizamos, porque os alunos são para estar na escola, os professores são para estar na escola”, salienta.

A testagem é apenas um passo preventivo. No entanto, devido ao estado do processo de vacinação e ao controlo das medidas de distanciamento social na escola, Antonieta Silva, Anabela Silva e Maria do Céu estão ansiosas pelo início do ano letivo e esperam que este ano possa correr ainda melhor do que o ano passado.

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