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Empresário Armando Silva morre três dias após anúncio do fecho da sua fábrica

03 set, 2021 - 17:45 • Redação

A empresa de calçado Armando Silva encerrou no dia 31 de agosto e deixou 62 pessoas no desemprego até ao Natal.

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O empresário do calçado Armando Silva morreu na quinta-feira à noite, apenas três dias depois da fábrica Armando Silva, que produzia calçado de alta gama em São João da Madeira, ter anunciado que vai fechar portas e dispensar 62 trabalhadores.

Num texto publicado no Facebook, a associação portuguesa do calçado APICAPPS homenageou o antigo empresário, afirmando que "Armando Silva dedicou toda a vida ao setor do calçado, trabalhou até aos 94 anos e, depois disso, visitava quase todos os dias a fábrica".

O texto começa também citando uma crónica de Miguel Esteves Cardoso sobre Armando Silva, que escreveu em 2013 no Público que admirava "um homem que dê o nome dele aos sapatos que faz". "Pode haver nomes mais comerciais do que Armando Silva, mas nenhum é mais honesto".

A fábrica de calçado Armando Silva vai encerrar até ao Natal e deixar 62 pessoas no desemprego. A notícia foi conhecida na terça-feira.

A empresa de São João da Madeira, com 75 anos de história, alega dificuldades, agravadas pelo impacto económica da pandemia de Covid-19.

Os trabalhadores receberam a notificação final do despedimento coletivo, segundo o Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins, de Aveiro.

Em declarações à Renascença, a sindicalista Fernanda Moreira explica que os funcionários não vão sair todos ao mesmo tempo, mas até ao final do ano o processo estará concluído.

A fábrica Armando Silva produz calçado de gama alta, para homens. Estes funcionários são altamente especializados e, se a economia recuperar, Fernanda Moreira acredita que podem ser rapidamente absorvidos.

[notícia corrigida - fábrica Armando Silva encerra até ao Natal]

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