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​ADSE disposta a mudar as mudanças. Médicos e hospitais privados aplaudem abertura

03 set, 2021 - 17:17 • Pedro Mesquita , Cristina Nascimento

Nova tabela de valores da ADSE entrou em vigor no dia 1 de setembro e tem sido alvo de críticas e muita polémica.

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Dois dias depois da entrada em vigor da nova tabela de preços, a ADSE admite fazer mudanças. A hipótese foi admitida pela presidente do subsistema de saúde dos funcionários públicos, em declarações ao jornal “Eco”.

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada aplaude a abertura, diz o seu presidente Óscar Gaspar. “Este reconhecimento que a nova tabela tem problemas é muito positivo da parte da ADSE”, acrescentando que os “problemas da nova tabela não têm a ver com os prestadores privados, têm a ver com os beneficiários, pois têm menos coberturas do que as que tinham antes de 1 de setembro”.

Nestas declarações à Renascença, Óscar Gaspar lembra que a existência de 10 mil desassociações, como confirmou a presidente da ADSE, significa “que há 10 mil atos e profissionais de saúde que deixaram de estar no regime convencionado”. “Isso um problema que eu acho que deve ser resolvido quanto antes”, apela.

A nova tabela de valores da ADSE entrou em vigor no dia 1 de setembro e tem causado várias reações adversas.


Na mesma linha, também o bastonário da Ordem dos Médicos considera que este anúncio “é positivo”, recordando que a nova tabela causou “várias preocupações, na medida em que poderíamos estar perante uma situação em que não estava assegurado o interesse dos doentes e o interesse público”.

Já sobre a forma como foi feito o anúncio, Óscar Gaspar fala em pressão para colocar a tabela em vigor no dia 1 e que essa pressão foi “má conselheira” e que houve “questões que não foram totalmente ponderadas”. Por isso, apela, por exemplo, a suspensão imediata de algumas regras.

Também o bastonário Miguel Guimarães considera que a ADSE não ouviu os parceiros, “erro” que não deve ser evitado. “É importante que os associados pensam sobre esta matéria e quem vai trabalhar com a ADSE”, reforça.

As novas tabelas, que entraram em vigor esta quarta-feira, dia 1 de setembro, procedem a uma atualização de preços das consultas, passaram a incluir novos atos médicos, tendo suprimido outros que estavam desatualizados e vieram ainda impor tetos máximos (preços fechados) para milhares de procedimentos cirúrgicos, medicamentos hospitalares e próteses.

Com as novas tabelas, o preço das consultas a cargo do beneficiário aumenta dos atuais 3,99 euros para cinco euros, enquanto o valor comparticipado pela ADSE sobe de 14,47 euros para 20.

No dia em que as novas tabelas de preços foram publicadas, o Grupo Luz Saúde anunciou que vai retirar alguns serviços e atos clínicos da convenção, tendo criado uma tabela de preços especiais para atos não convencionados.

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