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Covid-19. 500 mil vacinas seguem para os PALOP e Timor-Leste

14 ago, 2021 - 16:18 • Lusa

O vice-almirante Gouveia e Melo disse este sábado que nenhuma vacina se irá desperdiçar. Em causa está a proximidade do fim da validade de cerca de 500 mil vacinas da Astrazeneca.

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A "task-force" garantiu neste sábado que "não serão desperdiçadas" as 500 mil vacinas contra a Covid-19 que expiram em outubro, estando programada a doação a outros países, tal como já aconteceu com mais de 200 mil doses.

"Não serão desperdiçadas vacinas nenhumas", garantiu o vice-almirante Gouveia e Melo à margem da visita ao Centro de Vacinação de Loures, onde neste sábado começaram a ser vacinados alguns dos mais de 160 mil jovens de 16 e 17 anos que se inscreveram para este fim de semana.

Em causa está a proximidade do fim da validade de cerca de 500 mil vacinas da Astrazeneca que o responsável da "task-force" explicou que vão seguir em breve para Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e para Timor-Leste. "Estamos a fazer a doação para que as vacinas sejam úteis a outros povos", tais como Angola, Moçambique, Cabo Verde ou Timor-Leste.

Portugal celebrou um protocolo que já permitiu o envio de "mais de 200 mil vacinas", disse Gouveia de Melo, defendendo que deveria haver uma "concertação a nível internacional", para que os países mais ricos pudessem ajudar os mais necessitados.

"Temos de decidir – e não apenas no nosso país, mas nos países mais avançados e com mais capacidade económica – se podemos ajudar os outros países com menos capacidade económica, porque o mundo bem precisa de solidariedade", defendeu.

O responsável pelo processo de vacinação em Portugal disse não gostar de "desperdiçar uma única vacina", admitindo que num processo logístico que envolve "milhões de doses" é normal perderem-se algumas: "parte-se um frasco ou há uma degradação da cadeia de frio".

Até ao momento, segundo números do vice-almirante, perderam-se pouco mais de 20 mil vacinas, o que é "estatisticamente bastante razoável" quando comparado com outros países.

"Claro que não fico contente por termos perdido vacinas, eu queria ter perdido zero", admitiu, recordando que a pandemia de Covid-19 obrigou a montar cerca de 300 centros de vacinação um pouco por todo o país para dar resposta ao programa de vacinação.

Os dados mais recentes mostram que 63,84% dos portugueses estão completamente vacinados contra a Covid-19 e mais de 70% recebeu pelo menos uma dose.

Neste fim de semana chegou a vez dos adolescentes de 16 e 17 anos: dos cerca de 200 mil jovens, inscreveram-se cerca de 160 mil, sendo que os centros de vacinação estão abertos para receber os restantes.

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