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Covid-19

Madeira não vai aplicar medidas menos restritivas adotadas no continente

29 jul, 2021 - 21:17 • Lusa

Miguel Albuquerque diz que "não quer saber" se no continente vão deixar de usar máscara em setembro ou "fazer o pino no Cais do Sodré".

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O presidente do Governo da Madeira disse esta quinta-feira que a região não vai seguir as medidas menos restritivas adotadas no continente, porque o objetivo é manter o arquipélago seguro para os residentes e visitantes.

"Se no continente vão deixar a máscara em setembro, se vão fazer o pino no Cais do Sodré, não quero saber nada disso", afirmou Miguel Albuquerque, à margem da visita que efetuou ao Museu de Fotografia da Madeira – Vicentes, que reabriu ao público há dois anos.

O líder do executivo regional, de coligação PSD/CDS-PP, respondia assim aos jornalistas, quando questionado sobre as medidas determinadas hoje pelo Conselho de Ministros, tendo o primeiro-ministro, António Costa, anunciado que as restrições de horários no comércio e restauração acabam em 1 de agosto, mantendo-se a obrigatoriedade de uso de certificado digital em espaços interiores aos feriados e fins de semana.

Também a utilização de máscara na via pública deixará de ser obrigatória a partir de setembro, exceto em situações de ajuntamentos, segundo o novo plano de desconfinamento apresentado esta quinta-feira. A medida faz parte da segunda fase do plano, que deverá arrancar no início do mês de setembro, quando o Governo antecipa que 70% da população portuguesa tenha já a vacinação completa. .

António Costa ainda apontou que a limitação da circulação na via pública nos concelhos de maior risco de incidência de Covid-19, entre as 23h00 e as 05:00, vai deixar de ser aplicada a partir do próximo domingo, 1 de agosto.

"Nós temos neste momento na Madeira um conjunto de medidas preventivas e profiláticas que têm dado resultado na contenção da infeção", argumentou o chefe do executivo madeirense.

Miguel Albuquerque realçou que, desde o início da pandemia, a região "adotou uma postura e uma posição muito específica, em função das suas características próprias, em termos de densidade populacional, orografia e população flutuante".

"Volto a frisar e é importante as pessoas terem a noção de que nós temos uma média de 37 mil pessoas na Madeira flutuantes que durante a semana entram e depois saem", indicou.

O governante indicou que entre os dias 1 e 22 de julho, a região registou um "fluxo de afluência turística muito elevada", tendo desembarcado cerca 85 mil pessoas na Madeira.

"Dada as características, temos adotado as medidas propostas pela Direção Regional de Saúde, adequando-as à nossa realidade pandémica", enfatizou.

Miguel Albuquerque sustentou que os "objetivos fundamentais" do Governo Regional são "a segurança, a vivência normal, o funcionamento da economia" e "manter a região atrativa" para os visitantes.

"Por isso, vamos manter aqui na Madeira as medidas em vigor, que são analisadas e monitorizadas semanalmente" pelas autoridades de saúde do arquipélago.

Recordou que o Conselho do Governo Regional renovou esta quinta-feira a situação de calamidade e decidiu manter o recolher obrigatório à 1h00, o encerramento dos espaços às 00h00 e o uso da máscara.

"Temos de nos proteger uns aos outros e a pandemia não acabou", sustentou, concluindo que a sua obrigação é "tomar as medidas no sentido de garantir que a Madeira está segura e é um destino seguro".

As autoridades madeirenses diagnosticaram 16 novos casos de Covid-19 e mais 24 doentes recuperados nas últimas 24 horas, registando a região 241 situações ativas, informou hoje a Direção Regional de Saúde.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 4.190.383 mortos em todo o mundo, entre mais de 195,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.330 pessoas e foram registados 963.446 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

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