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2019/20

86 mil diplomados dão a Portugal um novo "máximo histórico"

03 jul, 2021 - 10:44 • Lusa

Representa um crescimento de 6% face ao ano anterior. Mais de metade (58%) dos novos diplomas foram atribuídos a mulheres.

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Portugal registou um novo "máximo histórico" no número de diplomados em 2019/20, totalizando 86 mil formados, a maioria mulheres, segundo dados divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Em 2019/20, os estabelecimentos de ensino superior emitiram 85.799 diplomas, mais 4.661 do que no ano letivo anterior, o que representa um crescimento de 6% face ao ano anterior.

Este crescimento de 6% face ao ano anterior representa o quarto crescimento anual consecutivo e a taxa de crescimento anual mais elevada desde 2006/07, segundo os dados publicados na sexta-feira pela Direção-Geral de Estatísticas em Educação e Ciência - DGEEC.

Mais de metade das formações (57%) foi em áreas STEAM (Ciências, Tecnologias, Engenharia, Artes e Matemática), tendo-se também registado também um crescimento de 20% de diplomas em tecnologias de informação e comunicação.

As "Ciências empresariais, administração e direito" cresceram 10%, representando 21% do total (18.310 diplomas).

Mais de metade (58%) dos novos diplomas foram atribuídos a mulheres e 64% a alunos com idade entre os 21 e os 24 anos (54.802 diplomas).

Segundo os dados, 65% dos diplomas foram concluídos no ensino superior universitário (55.622 diplomas), o que representa um aumento de 5% face ao ano anterior.

Os diplomas pelo ensino politécnico cresceram mais de 7% face ao ano anterior e incluem 30.117 diplomas, representando 35% do total dos diplomas atribuídos.

A maioria (81%) dos alunos diplomados concluíram a formação no ensino superior público (69.806 diplomas), crescendo 5% face ao ano anterior. Os diplomas pelo ensino superior privado aumentaram 9% face ao ano anterior.

Em termos do tipo de diplomas, 52.832 (61%) referem-se a Licenciaturas, crescendo cerca de 8% face ao ano anterior.

O total dos mestrados representa 30% do total dos diplomas, incluindo mestrados de 2.º ciclo (18.200, 21% do total) e Mestrados Integrados (8.035, 9%).

Os Cursos Técnico Superior Profissionais também aumentaram cerca de 15% e atingiram 4.791 diplomas, representando 6% do total de diplomas.

Foram também atribuídos 1.940 novos doutoramentos, representando 2,3% do total dos diplomas, refere o ministério, sublinhando que continuam "a diminuir face aos anos anteriores devido à redução de bolsas de doutoramento, financiadas entre 2012 e 2015".

O número de diplomados de nacionalidade estrangeira aumentou 21%, crescendo de 6.388 para 7.734 e passando a representar 9% do total de diplomados, menciona ainda o ministério no comunicado, salientando que 3.106 novos diplomados são do Brasil, representando 40% deste universo.

Comentários
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  • Anónimo
    03 jul, 2021 Lisboa 17:22
    Agora falta o governo garantir os direitos destes diplomados no acesso ao mercado de trabalho já que o grande capital não o faz nem nunca o fará.
  • Bruno
    03 jul, 2021 aqui 16:11
    Esta quarta vaga de feminismo é muito perigosa. Enquanto as vagas anteriores procuravam a igualdade de direitos entre homens e mulheres, esta vaga procura estabelecer uma superioridade da mulher face ao homem. E isso vê-se em artigos como este. Quero lá saber se os novos diplomados são homens ou mulheres. O que quero saber é se o diploma confere uma competência prática a estas pessoas. No entanto, o artigo atira várias vezes para a cara do leitor que houve mais mulheres diplomadas, como se isso tivesse algum interesse.
  • Never make it
    03 jul, 2021 País da Treta 11:13
    Mais mão-de-obra qualificada para ir entregar pizzas ou trabalhar na Hotelaria a salário mínimo ...

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