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Pandemia

Covid-19. Aumento do Rt "pode sinalizar o início de um período de crescimento da epidemia"

21 mai, 2021 - 19:49 • Lusa

Relatório de monitorização das "linhas vermelhas" da pandemia da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Ricardo Jorge estima que a região de Lisboa e Vale do Tejo atinja 120 casos por cem mil habitantes dentro de 31 a 60 dias.

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O aumento de casos de infeções de SARS-CoV-2 merece “atenção durante a próxima semana”, refere o relatório das “linhas vermelhas”, estimando que Lisboa e Vale do Tejo atinja 120 casos por cem mil habitantes dentro de 31 a 60 dias.

“O aumento dos valores do índice de transmissibilidade (Rt) deve ser acompanhado com atenção durante a próxima semana, pois pode sinalizar o início de um período de crescimento da epidemia”, refere o relatório divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo estas duas entidades, o valor do Rt - que estima o número de casos secundários resultantes de uma pessoa infetada – apresenta valores superiores a 1 a nível nacional (1,03) e na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo (1,11), “sugerindo uma tendência crescente, mais acentuada nesta região”,

Segundo estas duas entidades, caso se mantenha esta taxa de crescimento de novos casos, o “tempo para atingir a taxa de incidência de acumulada a 14 dias de 120 casos por cem mil habitantes, será de 61 a 120 dias e 31 a 60 dias, respetivamente, para o nível nacional e Lisboa e Vale do Tejo”.

Na última semana, o Rt na região de Lisboa e Vale do Tejo subiu de 0,95 para os 1,11.

Na quarta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) adiantou à Lusa desconhecer surtos de Covid-19 relacionados com os festejos da conquista do campeonato de futebol pelo Sporting, mas confirmou que a incidência de casos está a crescer nas últimas duas semanas em Lisboa.

“A incidência cumulativa a 14 dias por cem mil habitantes no concelho de Lisboa tem observado um crescimento lento e sustentado nas últimas duas semanas, sendo superior à da região de Lisboa e Vale do Tejo e do país”, adiantou fonte da DGS.

O relatório desta sexta-feira das “linhas vermelhas da pandemia” da DGS e do INSA indica também que, a nível nacional, a proporção de testes positivos foi de 1,2%, valor que se mantém abaixo do parâmetro definido de 4%.

Além disso, voltou a registar-se um decréscimo do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias, com um total de 256.868, menos 5.674 do que os 262.542 realizados na semana anterior.

“A proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 8,4%, mantendo-se abaixo do limiar de 10%”, indicam os dados agora divulgados, que avançam que, nos últimos sete dias, 90% dos casos de infeção por SARS-CoV-2 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e foram rastreados e isolados 81% dos seus contactos.

O número diário de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência ligeiramente decrescente, correspondendo a 24% do valor crítico definido de 245 camas ocupadas.

Na última quarta-feira, estavam internados em UCI 58 doentes com Covid-19.

A DGS refere ainda que se verifica no país uma transmissão comunitária do vírus que provoca a Covid-19 de “moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde”.

Em Portugal, morreram 17.017 pessoas dos 844.288 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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