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Covid-19

Na Páscoa, "não havia local para estacionar" em Carregal do Sal, diz autarca

13 abr, 2021 - 06:40 • Liliana Carona

No pico de janeiro, o concelho de Carregal do Sal chegou a ter 180 casos ativos de Covid-19. Atualmente, regista 20, dois dos quais no domingo. Autarca assume que há casos isolados e lamenta que, na Páscoa, não tenham sido respeitadas as restrições de circulação.

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O presidente da Câmara de Carregal do Sal, Rogério Abrantes, reconhece que, ultimamente, têm surgido “casos isolados” de Covid-19 no concelho, mas não estabelece, desde já, uma relação entre esse facto e a mobilidade constatada durante o período da Páscoa.

“Não sabemos se estes últimos dias já têm a ver com a Páscoa”, afirma Rogério Abrantes, embora assuma que notou um acréscimo populacional na última época festiva.

“Notámos muita gente de fora no concelho nos dias que antecederam e até no domingo de Páscoa”, lamenta, sublinhando que “nos supermercados, naqueles dias, com tantos carros, não havia local para estacionar. Sem dúvida alguma que o movimento foi muito superior. Agora, como as pessoas vieram para cá, não faço a mínima ideia” se há repercussões, refere o autarca.

Surto em lar controlado

O último surto que fez disparar os números ocorreu num lar de idosos onde uma funcionária apanhou o vírus, “mas ficou por ali e foi controlado”, garante Rogério Abrantes, identificando 16 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia.

Mas, o presidente da Câmara de Carregal do Sal, concelho com 10 mil habitantes, não esmorece e acredita que a tendência vai ser decrescente. Por isso, não entende como podem ser afetados os concelhos vizinhos.

“Já chegámos a ter 180 casos ativos no pico em janeiro, e agora 20, mas penso que passaremos para bastante abaixo”, acredita o autarca, defendendo ainda que, “quando há uma epidemia muito grande, os concelhos limítrofes podem ser afetados, mas se ficarmos com 14, como prevejo, não vejo que os vizinhos possam ser prejudicados, mas não somos nós que decidimos e quem manda, pode”, constata.

Nesta terça-feira, há reunião da Proteção Civil municipal para avaliar o que mais se pode fazer, para evitar terem de dar um passo atrás no plano de desconfinamento.

“Vejo com preocupação esta situação. Gostaríamos de não estar nesse grupo e tudo temos feito. Se me perguntar porque isto acontece, desconhecemos. Vamos enviando documentação, fazendo comunicados, chamando a atenção das pessoas”, remata Rogério Abrantes.

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