A antropologia” não tem voz”. “Na televisão, vemos economistas, politólogos, gestos. São eles que ditam quem o mundo é”, diz Humberto Martins, antropólogo e professor universitário, em entrevista à Renascença.
Por mais dinheiro que o Estado meta, profissionais contrate, o Serviço Nacional de Saúde português será sempre insustentável, defende o economista especializado em gastos com saúde pública Ernesto Ferreira, em entrevista à Renascença.
Pedro Magalhães, politólogo e uma das vozes mais autorizadas para falar de sondagens em Portugal, olha para os efeitos que a pandemia tem nos diversos regimes políticos e como os põe em comparação.
Viriato Soromenho Marques, filósofo e professor catedrático da Universidade de Lisboa reflete sobre o que o coronavírus revelou sobre nós, sobre a relação da Humanidade com o tempo e, claro, sobre a forma como lidamos com a morte. De forma acutilante, aborda as tensões entre valores que a pandemia fez emergir.
“Nenhuma pessoa tem a sapiência absoluta” defende Renato Carmo, o sociólogo, que há quase duas décadas se debruça sobre o tema de desigualdade social. Cconfessa-se “impressionado” com a capacidade de resposta do SNS e a “reinvenção” do setor da restauração, mas explica que o Governo poderia ter antecipado mais riscos com “uma espécie de task-force” do campo das ciências sociais.
A História é sempre ou quase sempre uma boa bússula para nos ajudar a orientar no presente e a imaginar o futuro. Mas há alturas em que pode não ser assim. O historiador José Neves crê que pode dar-se o caso de com a Covid-19 estarmos a viver algo de efetivamente novo.
Rui Correia, eleito o melhor professor do país em 2019, reflete sobre a covid-19 e as suas consequências para alunos, professores e escolas.
Nos próximos anos, a imigração para Portugal deverá continuar estável. Já a emigração tenderá a aumentar. Mas há uma questão no ar: “Até que ponto as pessoas vão sair para procurar trabalho num sítio onde, se calhar, esses trabalhos também já não estão lá em abundância"? Para o geógrafo João Sardinha, é “imprevisível” quanto tempo vai demorar a recuperar.