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Covid-19

Costa agradece a médicos alemães "magnífico gesto de solidariedade"

26 mar, 2021 - 10:10 • Redação com Lusa

Passados dois meses, os profissionais de saúde alemães que vieram ajudar Portugal no auge da pandemia estão de volta a casa. O secretário de Estado da Saúde representou o Governo em Figo Maduro, onde deixou umas palavras de agradecimento.

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O primeiro-ministro, António Costa, agradeceu hoje à equipa médica militar alemã que deu apoio ao sistema de saúde português no combate à pandemia de Covid-19, sublinhando tratar-se de "um magnífico gesto de solidariedade europeia".

"Agradeço à equipa médica militar alemã que ao longo de seis semanas trabalhou lado a lado com os nossos profissionais de saúde no combate à #COVID19. Foi um magnífico gesto de solidariedade europeia. Vielen Dank [Muito obrigado]", escreveu António Costa na rede social Twitter.



Os profissionais de saúde alemães chegaram a Portugal em fevereiro, altura em que o país vivia um número elevado de contágios, mortes e internamentos por Covid-19. Nesta sexta-feira, regressaram à Alemanha.

No Aeroporto Militar de Figo Maduro, em Lisboa, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde agradeceu à equipa médica militar pela ajuda de quase dois meses.

“Esta é de facto uma prova fiel da colaboração possível e desejável entre países europeus. Esta é, de facto, uma Europa mais unida e mais solidária", afirmou António Lacerda Sales.

O governante garantiu ainda que, se os alemães precisarem dos portugueses, lá estaremos. "Além desta palavra de agradecimento e de reconhecimento, dizer-vos que neste mundo global todos precisamos de todos e obviamente que, se algum dia precisarem de nós, com certeza cá estaremos para dizer 'presente' também. Muito obrigado a todos pela vossa colaboração, pela vossa ajuda, pela vida de portugueses que salvaram”.

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, juntou-se a Lacerda Sales e ao embaixador da Alemanha em Portugal, Martin Ney, na despedida em Figo Maduro.

Alemães fazem balanço positivo

Na quinta-feira, em declarações à agência Lusa, o porta-voz da equipa, Andreas Vossen, fez um "balanço muito positivo" da sua missão, com um total de 16 doentes tratados.

"O nosso balanço pessoal é muito positivo. Chegámos com vários profissionais de saúde experientes. Embora a equipa tenha sido criada especialmente para esta tarefa, os nossos procedimentos padrão fizeram com que rapidamente nos tornássemos um grupo bem coordenado", declarou.

Esta equipa foi a segunda a operar em Portugal, em substituição da que chegou no dia 3 de fevereiro.

Cada comitiva alemã foi constituída por 26 profissionais de saúde, entre os quais oito médicos. Com eles vieram também 40 ventiladores móveis e 10 estacionários, 150 bombas de infusão e outras tantas camas hospitalares.

Segundo Andreas Vossen, durante a sua missão em Portugal, a equipa médica alemã tratou 16 pacientes infetados graves, a maioria deles durante várias semanas.

Os profissionais de saúde alemães trabalharam no Hospital da Luz, em Lisboa, desde 8 de fevereiro, tendo ficado responsáveis em exclusivo pela Unidade de Cuidados Intensivos.

O processo de auxílio alemão a Portugal arrancou em 25 de janeiro, na sequência de um pedido de ajuda da ministra da Saúde, Marta Temido, à ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer.

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Na altura, a ministra da saúde justificou a opção de colocar a equipa de médicos militares alemães no Hospital da Luz com a possibilidade de poderem trabalhar todos juntos nas mesmas instalações.

A explicação foi dada por Marta Temido durante uma comissão parlamentar, em resposta a uma pergunta do Bloco de Esquerda sobre o motivo por que os clínicos alemães não tinham sido colocados numa unidade do Serviço Nacional de Saúde.

De acordo com a ministra, o Hospital da Luz dispunha de instalações, mas não de profissionais de saúde.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.745.337 mortos no mundo, resultantes de mais de 124,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.814 pessoas dos 819.210 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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