20 fev, 2021 - 15:52 • Lusa
A circulação de comboios na Linha de Cascais foi interrompida este sábado, entre São Pedro do Estoril e Cascais, e o trânsito esteve cortado durante duas horas na marginal junto a Oeiras, no sentido Cascais – Lisboa. São as consequências do temporal que provocou 478 ocorrências em Portugal, até às 16h00.
A circulação de comboios encontra-se interrompida naquele local, desde as 12h45, devido à "queda de uma árvore de grandes dimensões”, avançou fonte da Infraestruturas de Portugal (IP).
Os trabalhos de retirada da árvore sobre a via férrea estão a decorrer, com a intervenção de equipas da IP, proteção civil e bombeiros, prevendo-se que a circulação fique normalizada “durante a tarde”, disse à Lusa a mesma fonte.
“Face à dimensão da árvore e também dos danos que causou na catenária, ainda vai demorar um pouco”, apontou a IP, adiantando a situação das duas vias, com a circulação de comboios interrompida nos dois sentidos da Linha de Cascais entre São Pedro do Estoril e Cascais.
Apesar desta interrupção, a circulação de comboios mantém-se entre o Cais do Sodré (Lisboa) e São Pedro do Estoril (Cascais), nos dois sentidos, sem perturbações.
A marginal de Oeiras esteve cortada ao trânsito no sentido Cascais – Lisboa, cerca de duas horas, devido à queda de chuva intensa.
"Depois de ter estado encerrada entre a zona do Inatel de Oeiras e Paço de Arcos, no sentido Cascais-Lisboa, a circulação automóvel já está normalizada", informou pelas 16h50 a Câmara Municipal de Oeiras, distrito de Lisboa, numa mensagem publicada na rede social Facebook.
Pelas 14h45, o município alertou que a marginal de Oeiras foi cortada ao trânsito no sentido Cascais - Lisboa devido à queda de chuva intensa, garantindo que estava a tomar todas as diligências para restabelecer a normalidade de circulação.
Depressão Karim
Até ao momento há a registar 166 ocorrências. Está(...)
A Proteção Civil registou entre as 8h00 e as 15h00 de hoje 32 ocorrências, sobretudo relacionadas com a queda de árvores e pequenas inundações devido ao mau tempo no distrito de Setúbal.
Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal disse à agência Lusa que, apesar de não se registarem danos significativos, o concelho de Setúbal foi “o mais afetado”.
Das ocorrências indicadas pelo CDOS, destacam-se nove quedas de árvores, outras tantas quedas de estruturas temporárias ou móveis e oito inundação de estruturas ou superfícies por precipitação intensa.
As operações de socorro envolveram, desde as 8h00, um total de 119 bombeiros de diversas corporações, auxiliados por 35 veículos.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou hoje para a possibilidade de ocorrência de "cheias relâmpago" em zonas urbanas, devido à subida do nível dos rios, disse aos jornalistas o adjunto nacional de operações, Sérgio Trindade.
"Prevê-se que possa haver a ocorrência de cheias relâmpago, muito rápidas, em zonas urbanas que façam inundações rápido e em que as pessoas não tenham hipótese de se movimentar e fugir delas", afirmou hoje aos jornalistas o responsável, na sede da ANEPC, em Carnaxide (Oeiras).
O Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) pôs sob aviso laranja 13 dos 18 distritos de Portugal Continental, incluindo toda a costa do país, e a amarelo cinco distritos do interior devido ao mau tempo.
De acordo com o site do instituto, os distritos do litoral, incluindo todo o Algarve, estão sob aviso laranja, que se deve sobretudo à precipitação, embora nos distritos mais a norte, Porto, Braga e Viana do Castelo, se devam também ao vento e à agitação marítima.
Já os distritos de Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda e Bragança estão sob aviso amarelo, assim como as ilhas dos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
A situação de alerta amarelo em todo o país vai manter-se depois até às 13h00 de domingo.
O IPMA prevê para hoje chuva, vento e agitação marítima forte: Chuva, por vezes forte, no litoral Norte e Centro, estendendo-se ao restante litoral oeste a partir do final da manhã, e gradualmente às restantes regiões; vento moderado a forte (30 a 50 km/h) do quadrante sul, por vezes com rajadas até 90 km/h, podendo atingir os 100 km/h no litoral Norte, e forte (40 a 55 km/h) nas terras altas, com rajadas até 110 km/h.
[notícia atualizada às 18h00]