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Vacinação Covid

“É imprescindível que doses sejam reservadas exclusivamente a quem é prioritário”, lembra Costa

05 fev, 2021 - 16:15 • Susana Madureira Martins

Primeiro-ministro não se referiu ao caso concreto da vacinação no grupo Luz Saúde, mas deixou recados numa visita a outro grupo privado.

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Não se falou do caso da vacinação do grupo Luz Saúde em concreto, mas foram deixados os recados. Tanto pelo primeiro-ministro, como pela ministra da Saúde e até pela administradora do grupo Cuf Saúde: as doses de vacinas contra a Covid-19 devem ser usadas para os profissionais de saúde definidos como prioritários, mesmo no setor privado. Na mesma ocasião, António Costa anunciou a distribuição de mais 6.100 doses de vacina para os privados.

“É imprescindível que essas doses sejam reservadas exclusivamente a quem é definido como prioritário e cada uma aguarde serenamente pela sua vez para ser vacinado”, disse António Costa na visita que fez esta sexta-feira ao hospital Cuf Tejo, em Lisboa, onde acompanhou a vacinação de alguns profissionais de saúde daquele grupo privado.

Um recado implícito do primeiro-ministro também ao setor privado quando é conhecido que a administração do grupo Luz Saúde decidiu que todos os funcionários deveriam ser vacinados, incluindo informáticos e administrativos e a própria administradora, Isabel Vaz, que já recebeu as duas doses da vacina.

O plano de vacinação não indica todos os funcionários e administradores como prioritários, mas sim em primeiro lugar os profissionais de saúde que têm contacto direto com doentes.

O primeiro ministro reforça que prioritários são os profissionais de saúde e só depois todos os outros. “É fundamental que, neste plano de vacinação, se tenha dado prioridade à vacinação dos profissionais de saúde, naturalmente os do SNS, mas também daqueles do setor privados que têm acordos de cooperação com o serviço nacional de saúde e depois todos os outros”, reforçou Costa, nas declarações que fez no Cuf Tejo e onde não foi possível fazer perguntas.

O primeiro-ministro fez ainda o balanço aos acordos com o sector privado e social na área da saúde: são 53 em todo o país, 13 deles são específicos para tratamentos Covid.

Nesta sessão ficou ainda o apelo da administradora da Cuf, Catarina Gouveia ao Governo: há muitos profissionais de saúde prioritários neste grupo privado que ainda não foram vacinados e que é urgente vacinar

“Neste momento e até ao fim de segunda-feira, data em que terminarmos esta segunda vaga de vacinação, vamos vacinar cerca de 1.900 profissionais dos prioritários, mas temos ainda mais 3.500 profissionais de saúde por vacinar e, dentro destes, mais de 600, pertencem ao grupo de prioritários”, disse Catarina Gouveia. “Desculpem o pedido, mas é um aspeto fundamental para a segurança de todos: colaboradores e doentes”, acrescentou.

“Há uma realidade que temos todos de compreender: estamos todos dependentes, a montante, da produção por parte da indústria, lembrou o primeiro-ministro, que foi o último a falar. “É bom já termos atingido o ponto de estabilização das doses que vamos receber para podermos planear devidamente a distribuição.

Na mesma sessão, a ministra da Saúde anunciou que 100 mil profissionais do serviço nacional de saúde já receberam pelo menos a primeira dose da vacina. “Há também as vacinações que se iniciam e que esperamos acelerar nos vários parceiros do serviço nacional de saúde”, prometeu.

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