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​Vacinação Covid. Para a semana é a vez dos maiores de 50 com comorbilidades

25 jan, 2021 - 13:35 • Cristina Nascimento , Eunice Lourenço

No total são cerca de meio milhão de pessoas que vão ser identificadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou pelos privados, se não forem utentes do SNS.

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A ministra da Saúde revelou que, na próxima semana, vai começar vacinação das pessoas com mais de 50 anos com comorbilidades de risco (insuficiência cardíaca; doença coronária; insuficiência renal ou doença pulmonar obstrutiva crónica, doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração).

Pelas estimativas da ministra, este grupo inclui cerca de meio milhão de pessoas que serão identificadas através dos cuidados de saúde primários ou unidades privadas do setor privado e social, se não forem seguidos pelo SNS.

Na conferência de imprensa depois de uma reunião com o grupo responsável pela coordenação do plano de vacinação, Marta Temido esclareceu ainda que, em breve, começariam também a ser vacinados profissionais de serviços essenciais, entre os quais bombeiros, forças de segurança e titulares de órgãos de soberania.

Marta Temido anunciou ainda que o plano nacional de vacinação está a ser revisto de forma a incluir os idosos com mais de 80 anos no grupo de prioritários a ser vacinados até ao fim do primeiro trimestre de 2021.

De acordo com a ministra da Saúde, até às 19h00 deste domingo foram administradas 255.700 vacinas. Temido adiantou ainda que chegaram esta segunda-feira mais 99.450 doses de vacinas contra a Covid-19, elevando o total acumulado pelo país desde o início da vacinação em 27 de dezembro para 411.600 doses.

Temido abordou ainda a questão do prazo de 21 dias entre as duas tomas da vacina da Pfizer/BioNTech que nalguns países não tem sido cumprido. A ministra da Saúde garante que em Portugal continua a fazer-se "os 21 dias de intervalo entre as duas tomas da vacina", mas que foi feito "conjuntamente com outros países, um pedido de apreciação à Agência Europeia do Medicamento (EMA) sobre este tema".

"Ainda não temos uma recomendação e, por isso, mantemos os 21 dias”, rematou.

Perguntas e respostas sobre a vacinação

A ministra da Saúde anunciou que na próxima semana vai começar a vacinação de com pessoas com mais de 50 anos que tenham patologias graves, como insuficiência cardíaca ou renal, doenças coronárias e respiratórias.

Como vai ser marcada a vacinação?

Essas pessoas que estejam registadas num centro de saúde vão receber um SMS a perguntar se querem ser vacinadas e, caso a resposta seja afirmativa, depois será marcado dia, hora e local para a vacinação. E, depois, é preciso responder outra vez: sim ou não à marcação feita.

Então o local não é o centro de saúde?

Pode não ser. Há centros de saúde que não têm condições para organizar a vacinação e, além disso, há um problema logístico relacionado com as condições para a conservação da vacina.

Como assim?

As vacinas da Pfizer são entregues em caixas com 4.874 doses que têm de ser mantidas a 80 graus. Haverá um centro logístico onde é possível manter essa temperatura. Depois vão sendo distribuídas por locais de vacinação onde podem ser conservadas em frigorífico normal durante 20 dias, mudando o gelo seco que as acompanha a cada 5 dias (120 horas). Mas uma vez descongelados à temperatura ambiente, os frascos têm de ser usados nas seis horas seguintes.

Isso significa que é preciso ter o processo muito bem organizado. Como é que isso se faz?

É nesse planeamento logístico que as Forças Armadas estão a ajudar. É preciso perceber que centros têm condições e população- alvo adequadas e depois organizar. Pode haver situações em que vários centros de saúde se articulam entre si para vacinar num local central, deslocando para aí meios. Foi que o já foi feito, por exemplo, em Évora na vacinação contra a gripe sazonal: quatro centros de saúde juntaram-se, identificaram um local com condições e cada centro deslocou para lá dois enfermeiros, o que permitiu que aquele local funcionasse só para vacinação e os centros mantivessem o seu funcionamento normal.

Um doente identificado como prioritário recebe o SMS, responde que quer ser vacinado, mas não pode deslocar-se ao local?

Vai uma equipa a casa desse doente, caso esteja acamado, ou são mobilizados bombeiros ou forças de segurança para o levar até ao local. Também isso terá de ser previamente organizado para bater tudo certo antes que se esgotem as seis horas. Não é possível voltar a congelar.

E se não tiver telemóvel ou não responder ao primeiro SMS?

Será contactado por outro meio, seja por telefone fixo, carta ou visita domiciliária.

Então e se for um doente prioritário, mas não for acompanhado no centro de saúde?

Nesse caso, o doente (ou alguém por ele) deve dirigir-se ao centro de saúde da sua área de residência com uma declaração passada pelo médico assistente que ateste a condição prioritária do utente que depois será contactado pelo centro de saúde.

Comentários
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  • Maria
    25 jan, 2021 Palmela 14:22
    Portugal saloio! No seu melhor!

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