Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Covid-19. Centro Hospitalar de Leiria reativa nível III do plano de contingência

12 jan, 2021 - 13:12 • Lusa

As camas de tipologia III permitem receber e tratar os doentes críticos com Covid-19. As medidas são justificadas “pelo aumento de incidência de casos positivos” da doença. O CHL integra os hospitais de Leiria, Pombal e Alcobaça.

A+ / A-

Veja também:


O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) reativou o nível III do plano de contingência do Serviço de Medicina Intensiva afeto à Covid-19 e vai contratar com a Misericórdia da Marinha Grande a utilização de camas, foi anunciado nesta terça-feira.

Numa nota de imprensa, o CHL informa que, com a reativação do nível III, de uma escala de cinco, com efeitos desde segunda-feira, passam “a estar ativadas com possibilidade de serem ocupadas 15 camas de tipologia III (10 no Serviço de Medicina Intensiva e cinco na Unidade de Cuidados Agudos Polivalente – UCAP), e 15 camas de nível II na UCAP”.

“A decisão inclui ainda ativar o nível do Plano de Resposta Covid-19 – camas nível I, passando a haver uma distribuição de 120 camas, localizadas na torre nascente do Hospital de Santo André, em Leiria”, adianta a nota.

As camas de tipologia III permitem receber e tratar os doentes críticos Covid-19, nomeadamente os que necessitam de ventilação mecânica invasiva, enquanto as camas de tipologia II se adequam aos cuidados de saúde intermédios e as camas de tipologia I são as utilizadas nas enfermarias, esclarece o CHL.

As medidas são justificadas “pelo aumento de incidência de casos positivos de Covid-19”.

Citado no documento, o presidente do conselho de administração do CHL, Licínio de Carvalho, esclarece que “os procedimentos e instruções de trabalho estão continuamente a ser revistos e adaptados a cada fase da pandemia”, seguindo o plano de contingência do centro hospitalar.

O CHL tem vindo a ajustar as suas estruturas e estratégias para continuar a disponibilizar todos os níveis de cuidados à comunidade que serve”, afirma Licínio de Carvalho.

Contrato com Misericórdia para mais camas

Já para fazer “face ao contexto de crescimento da afluência de utentes”, foi ainda deliberado “contratar a Santa Casa da Misericórdia da Marinha Grande para a utilização de camas de nível I, para alocar doentes Covid-19 sem alta clínica oriundos do CHL, e que são geridas pela Unidade de Hospitalização Domiciliária”.

O transporte, a medicação e a vigilância clínica destes doentes, bem como a gestão do processo de alta, são assegurados pelo CHL, enquanto a Misericórdia da Marinha Grande garante “os restantes cuidados aos doentes”.

“Devido ao elevado número de doentes internados, ventilados e não ventilados, e considerando a afluência crescente à ADR-SU [Área Dedicada a Doentes com suspeita de infeção Respiratória nos Serviços de Urgência], com o possível aumento de doentes positivos para a Covid-19 que necessitem de internamento, decidimos encontrar alternativa no setor social para libertar camas para os doentes mais críticos”, justifica o presidente do conselho de administração do CHL, referindo que aquela misericórdia “disponibilizou mais de uma dezena de camas para cuidar de doentes Covid-19”.

O CHL integra os hospitais de Leiria, Pombal e Alcobaça.

Segundo o site da instituição, o CHL tem como “área de influência a correspondente aos concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Porto de Mós, Nazaré, Pombal, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Ansião, Alvaiázere, Ourém e parte dos concelhos de Alcobaça e Soure, servindo uma população de cerca de 400.000 habitantes”.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 1.945.437 mortos resultantes de mais de 90,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.925 pessoas dos 489.293 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+