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"Peço desculpa, terminámos". Embaixadora da Ucrânia em Portugal abandona entrevista à RTP

12 dez, 2020 - 18:37 • Fábio Monteiro

Em entrevista à RTP este sábado, a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, não quis revelar se, em abril, havia transmitido alguma mensagem de condolências à família de Ihor Homeniuk. Disse apenas: “Peço desculpa, terminámos.” Depois, abandonou a conversa.

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A questão era simples: transmitiu, em abril, alguma mensagem do Governo português à família de Ihor Homeniuk, cidadão ucraniano que foi assassinado por agentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, no Aeroporto de Lisboa?

Em entrevista à RTP este sábado, a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, não quis responder a esta pergunta. Disse apenas: “Peço desculpa, terminámos.” Depois, abandonou a conversa.

Na sexta-feira, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, reuniu-se com a embaixadora ucraniana para a informar da decisão do pagamento de uma indemnização à família de Ihor.

Após o encontro, o MAI emitiu um comunicado em que afirmava que o ministro Eduardo Cabrita já havia enviado um pedido de condolências à família de Ihor Homeniuk. Acontece que a viúva de afirmou esta semana, em entrevista à “SIC”, que nunca havia recebido nenhuma mensagem vinda do Governo português.

"Na sequência do pedido de condolências transmitido no início de abril à família de Ihor Homeniuk, através da embaixada da Ucrânia em Lisboa, Eduardo Cabrita entregou hoje [ontem, sexta-feira] uma carta destinada à viúva, senhora Oksana Homeniuk, dando-lhe conhecimento da decisão do Governo assumir, em nome do Estado português, a responsabilidade pelo pagamento de uma indemnização", sublinhou o Ministério da Administração Interna em comunicado.

Ihor Homeniuk morreu a 12 de março deste ano no aeroporto de Lisboa, na sequência de agressões de três inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no aeroporto de Lisboa.

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  • Investigue-se
    13 dez, 2020 Isto não é claro 13:01
    Impõe-se não ir atrás de conversas mas sim em esclarecer toda a verdade por trás deste caso. Custa um bocado a crer que num País com um povo quebrado, vencido e resignado, autoridades de repente e sem qualquer motivo aparente, espanquem até à morte um estrangeiro à guarda. Estavam todos bêbados, estavam atestados de droga, os "cowboys malucos" reuniram-se todos na mesma brigada ou há mais qualquer coisa que ainda não foi dito?
  • João
    12 dez, 2020 Almada 20:56
    O Governo PORTUGUES que ponha esta mal educada fora de PORTUGAL
  • António José
    12 dez, 2020 Leiria 20:13
    Mas porque temos nós contribuintes de pagar a indemnização? E porque não tem de ser quem lhe causou a morte? Pagamos nós e os inspetores que causaram a morte ao ucraniano ainda se ficam a rir e é senão forem transferidos para outro lado para continuarem a fazer o mesmo ou pior? Ainda vou um dia destes ver criminosos a serem condecorados é já só o que falta.
  • Ivo Pestana
    12 dez, 2020 Funchal 19:59
    Agora convém saber, porquê abandonou a entrevista. Fico esperando.

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