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Vacinação contra a Covid-19 arranca em janeiro para 950 mil pessoas

03 dez, 2020 - 15:39 • Redação

O Governo apresentou esta quinta-feira o plano de vacinação contra a Covid-19.

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O coordenador do grupo de trabalho que preparou o plano de vacinação contra a Covid-19 revelou esta quinta-feira os grupos prioritários e os calendários para a primeira fase e segunda fase do processo. Haverá 1.200 pontos de vacinação em centros de saúde.

Os portugueses vão começar a tomar a vacina em janeiro, se tudo correr como o previsto, disse Francisco Ramos, sem avançar um dia concreto. Os primeiros a ser vacinados são as pessoas com mais de 50 anos com doenças graves, idosos residentes em lares, profissionais de saúde, entre outros.

Na primeira fase, que vai decorrer entre janeiro e fevereiro (no melhor cenário), deverão ser vacinadas quase um milhão de pessoas, revelou Francisco Ramos. Se as coisas correrem pior, será entre janeiro e abril.

“A estimativa é que 950 mil pessoas sejam vacinadas nesta primeira fase, 250 mil no grupo dos residentes em lares, internados em unidades de cuidados intensivos e respetivos profissionais de saúde, 400 mil pessoas no grupo de pessoas com comorbilidades pré-existentes e 300 mil pessoas no conjunto de profissionais”, detalhou o responsável pela "task force".

Para a segunda fase, as estimativas do grupo de trabalho apontam para a vacinação de 2,7 milhões de pessoas, incluindo idosos com mais de 65 anos sem patologias associadas.

A vacina contra a Covid-19 será tomada em duas doses.

Grupos prioritários da 1.ª fase (janeiro e fevereiro)

  • O primeiro conjunto de grupos prioritários são as pessoas com 50 ou mais anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença respiratória crónica com suporte ventilatório. "Ou seja, a correspondência das patologias que sabemos que são aquelas mais frequentes nos casos graves da doença", disse Francisco Ramos;
  • Os idosos residentes em lares e pessoas internadas em unidades de cuidados continuados, bem com os respetivos profissionais destas estruturas;
  • Profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados a doentes e profissionais das Forças Armadas, forças de segurança e serviços essenciais e críticos, "cuja elencagem tem ainda de ser afinada", adianta o responsável da "task force".

Grupos prioritários da 2.ª fase (começa em março)

  • Pessoas com 65 ou mais anos, com ou sem patologias, que não tenha sido vacinadas na primeira fase, "reconhecendo que os idosos são os mais vulneráveis", disse o responsável pelo grupo de trabalho. Este grupo inclui 1,8 milhões de portugueses;
  • Pessoas entre os 50 e 64 anos, com alargamento das patologias pré-existentes: diabetes, neoplasia maligna ativa, doença renal crónica, insuficiência hepática, obesidade, hipertensão arterial. Eventualmente, poderão ser incluídas outras patologias. Neste grupo estão 900 mil pessoas.

Terceira fase

  • Para a terceira está a restante população, caso sejam cumpridos os calendários de chegada das vacinas. Serão definidos um terceiro e quarto grupos prioritários, caso os calendários sejam adiados.


O Governo apresentou esta quinta-feira à tarde o plano de vacinação contra a Covid-19. Se a Agência Europeia do Medicamento der luz verde aos novos fármacos, a vacinação poderá começar no início de 2021.

A primeira fase está prevista decorrer entre janeiro e fevereiro no cenário otimista, até março no cenário "mais provável" ou até abril na pior das hipóteses, indica o coordenador da "task force".

A segunda fase de vacinação está prevista começar em março ou abril, e vai decorrer até junho ou julho.

Na sua intervenção inicial, a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que Portugal vai contar com 22 milhões de doses de vacinas contra Covid-19.

Numa primeira fase, as vacinas serão administradas aos portugueses em vários pontos do Serviço Nacional de Saúde. Depois o processo poderá ser alargado.

Haverá cerca de 1.200 pontos de vacinação em Centros de Saúde de todo o país. O fármaco também será ministrada em lares, unidades de cuidados continuados, entre outros.

Reafirmou que o processo vai ser longo e os portugueses terão de manter as regras de segurança sanitária até que a imunidade de grupo seja alcançada.

“A disponibilização de vacinas vai precisar de continuar a ser acompanhada, durante largos meses, pelo nosso cumprimento das demais regras absolutamente imprescindíveis para podermos manter os nossos sistemas num período em que ainda não termos a imunidade”, declarou Marta Temido.

Evolução da Covid-19 em Portugal

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