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3 anos depois do incêndio

Pinhal de Leiria. Vai ser preciso plantar árvores em mais dois mil hectares

15 out, 2020 - 07:40 • Marta Grosso , Filomena Barros (entrevista)

Passados três anos sobre aquele que ficou conhecido como o maior incêndio de sempre em Portugal, a maior parte do Pinhal de Leiria perdeu-se para o fogo. Um grupo de personalidades quer explicações sobre o que foi feito até hoje.

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Três anos depois dos incêndios de outubro de 2017, o secretário de Estado das Florestas garante à Renascença que estão previstos mais dois mil hectares no plano de reflorestação do Pinhal de Leiria.

Significa, pois, que o plano de reflorestação da Mata vai ter uma área mais extensa.

“Foi logo na altura feito um projeto de arborização, lançado um concurso para 2.500 hectares, dos quais 1.100 estão já arborizados”, começa por explicar João Catarino.

“Nas outras áreas, tivemos este compasso de espera para ver se efetivamente íamos ter germinação das sementes que estavam no solo. Já percebemos que, nestes dois anos quase três, em 2.100 hectares, para além dos outros dois mil, não íamos ter regeneração natural, por isso vamos precisar de arborizar, para além daqueles dois mil, mais dois mil”, refere.

O fogo de 2017 destruiu 9.500 hectares do Pinhal de Leiria, também conhecido como Pinhal ou Mata do Rei. Aquele que ficou conhecido como o maior de sempre no país matou também 50 pessoas e destruiu 1.500 casas e 500 empresas.

"O pinhal de Leiria já era"
"O pinhal de Leiria já era"

Na altura, 80% da Mata Nacional ardeu e vieram as promessas do Governo de que seria reflorestada. O primeiro-ministro, António Costa, chegou a plantar uma árvore e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dizia, um mês depois, que estava tudo a avançar rapidamente.

Apesar das garantias, o que se observa é falta de limpeza, proliferação de eucaliptos e outras espécies invasoras e até construções clandestinas.

Nesta quinta-feira, o secretário de Estado da Conservação da Natureza, Florestas e Ordenamento do Território visita o local.

Para assinalar a data, um grupo de personalidades decidiu pedir explicações ao Governo sobre esta situação de abandono. Do grupo fazem parte nomes como os ex-candidatos presidenciais Paulo Morais e Henrique Neto, a economista Susana Perata e o músico António Manuel Ribeiro.

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