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Tavira. Autoridades capturaram mais quatro migrantes em fuga

03 out, 2020 - 11:02 • Lusa

Falta ainda deter mais cinco homens do grupo de 17 que fugiu na quinta-feira de um quartel do exército em Tavira.

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As autoridades policiais encontraram hoje quatro homens dos cinco que faltam capturar do grupo de 17 migrantes que na quinta-feira fugiu de um quartel do exército em Tavira, disse este sábado fonte do Serviço de Estrangeiros (SEF).

Depois de na sexta-feira à tarde a Guardia Civil espanhola ter encontrado um dos migrantes em Ayamonte (Espanha), hoje foram “mais quatro capturados pela GNR em Castro Marim”, faltando agora encontrar apenas um dos homens que integrou a fuga, adiantou a fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) à agência Lusa.

Fonte do SEF português indicou na sexta-feira que o homem encontrado em Espanha foi localizado pelas autoridades espanholas em Ayamonte, a cidade mais próxima da fronteira com o Algarve, a cerca de 40 quilómetros de Tavira, de onde o grupo se tinha evadido na madrugada de quinta-feira.

Na quinta-feira foram intercetados nove e durante o dia de sexta-feira as autoridades localizaram mais três migrantes.

Os migrantes que fugiram do quartel em Tavira “não vão ser ouvidos” de novo em tribunal “por indicação dos magistrados do Ministério Público das respetivas comarcas” onde foram detidos, adiantou a mesma fonte à Lusa.

“Vão ser entregues à custódia do SEF”, acrescentou, referindo-se aos elementos já capturados, que pertenciam a um grupo de 28 migrantes que desembarcou no Algarve em setembro, e que foi depois colocado, por ordem judicial, à guarda do SEF, a aguardar o afastamento de Portugal por entrada irregular no país.

Na quinta-feira, os 17 migrantes fugiram do quartel do destacamento de Tavira do regimento de infantaria n.º 1 do exército, onde aguardavam pela aplicação da ordem judicial e cumpriam quarentena, depois de dois deles terem sido diagnosticados com covid-19 após a entrada irregular em Portugal.

O grupo que em 16 de setembro desembarcou sem documentos na ilha Deserta, em Faro, era composto por 28 migrantes: 24 homens, que estavam instalados no quartel em Tavira, três mulheres, uma delas grávida, e um menor.

As três mulheres foram instaladas na Unidade Habitacional de Santo António, no Porto, enquanto o menor foi entregue ao Tribunal de Família e Menores de Faro.

O ministro da Administração Interna pediu na quinta-feira a abertura de um inquérito à fuga dos migrantes, para apurar “as circunstâncias da referida fuga e de eventuais responsabilidades disciplinares de elementos” do SEF e da PSP.

No mesmo dia, Eduardo Cabrita, disse que Portugal está a discutir com Marrocos, já em fase avançada, um programa de imigração legal, que espera concluir em breve.

Este foi o sexto de desembarque ilegal na costa algarvia envolvendo migrantes do Norte de África.

O anterior tinha acontecido em julho, quando um grupo de 21 homens, alegadamente marroquinos, desembarcou na ilha do Farol, também no concelho de Faro.

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  • Observador
    03 out, 2020 Portugal 11:37
    Em vez de perderem tempo e dinheiro com detenções, testes Covid e depois a andar a correr atrás dos que fogem, façam o seguinte: quando eles chegarem cá, metam-nos à força, se tiver de ser, no mesmo bote onde chegaram, reboquem-nos até aos limites das águas territoriais Marroquinas, larguem-nos lá, e a Marinha do país deles que os recolha. Poupa-se bom dinheiro em burocracias e chatices...

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