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Farma2Care alarga projeto a doentes com cancro de mama e esclerose múltipla

01 out, 2020 - 17:13 • Henrique Cunha

A iniciativa do hospital de São João vai permitir que o doente receba a medicação numa farmácia comunitária.

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A partir de sexta-feira os utentes do Hospital de São João com cancro da mama ou esclerose múltipla poderão levantar a sua medicação numa farmácia comunitária da sua preferência.

A unidade hospitalar alarga, assim, o âmbito do seu "projeto Farma2Care", iniciado em dezembro do ano passado para doentes portadores de VIH/Sida.

A partir de sexta-feira, doentes com Cancro de Mama e Esclerose Múltipla podem levantar os fármacos numa farmácia comunitária próxima da sua residência, em vez de terem de se deslocar ao Centro Hospitalar do São João para receber a sua medicação.

A medida agora alargada às duas patologias, de acordo com o infeciologista e Coordenador do projeto "envolve apenas pessoas com tratamentos específicos", aquelas que "têm tratamentos feitos pela via oral e que são autoadministrados".

Em declarações à Renascença, Carlos Lima Alves, adverte que a iniciativa só abrange aqueles casos "em que não há necessidade de intervenção médica".

Ainda assim, o projeto poderá beneficiar cerca de mil doentes, sempre de forma segura.

O infecciologista esclarece que “aquilo que a farmácia hospitalar gere dentro de casa tem que se estender para uma farmácia que está à distância” e a ideia “é trabalhar para reunir todas as condições de segurança, desde logo as do circuito de informação e depois haverá farmacêuticos nas farmácias que vão também ter formação para dispensar os medicamentos com segurança em termos de utilização e com a necessária capacidade de esclarecer os doentes em questões ligadas à utilização do medicamento".

O Farma2Care pode ajudar a evitar longas deslocações de doentes ao Hospital de São João para "apenas levantar medicamentos que estão a fazer cronicamente" e Carlos Lima Alves assegura diz que “o projeto dá mais um passo para responder aos problemas das pessoas", em que "os ganhos são enormes”.

“Por exemplo, os doentes que têm dificuldades motoras, ou com a dificuldade associada a uma qualquer doença, como maior cansaço, deixam de ter de realizar longas e cansativas viagens que podem envolver várias transportes", acrescenta o infecciologista.

“Há também questões sociais e económicas que levam muitas vezes a condicionar a capacidade de os doentes virem buscar a medicação ao hospital. Se nós podermos poupar isso, obviamente que estamos a ter aqui um ganho enorme para que o doente possa manter o seu tratamento com maior qualidade na sua vida e ao mesmo tempo não falhando a terapêutica que é o nosso objetivo comum", conclui o coordenador do projeto.

O Farma2Care é um projeto do Hospital de São em parceria com a Ordem dos Farmacêuticos, a Associação Nacional de Farmácias e a Associação de Distribuidores Farmacêuticos.

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