09 set, 2020 - 15:40 • João Carlos Malta
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O presidente do Infarmed, Rui Ivo, não se quis comprometer com uma data para a chegada de uma vacina a Portugal para o combate à epidemia da Covid-19.
Em conferência de imprensa, aquele responsável disse que, neste momento, não podia apontar uma data. A única coisa que existe são "datas provisionais", e garantiu que nenhuma vacina será introduzida em Portugal sem que todas as regras de segurança sejam cumpridas.
No final de agosto, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou que “o início do processo de distribuição deverá ocorrer a partir do final do ano". Ainda assim, alertou que isso dependeria "da avaliação da Agência Europeia do Medicamento".
"É uma luz que se começa a avistar ao fundo do túnel”, referiu, na altura, António Lacerda Sales, a propósito do recente anúncio da compra de 6,9 milhões de vacinas, num investimento estimado de 20 milhões de euros.
As declarações de Rui Ivo surgem no dia em que o laboratório farmacêutico AstraZeneca suspendeu momentaneamente os ensaios clínicos que decorrem a nível mundial, para avaliar a segurança e a eficácia da sua vacina para a COVID-19.
O primeiro-ministro, António Costa, considera uma "má notícia" a suspensão dos testes da fase final da vacina contra o novo coronavírus anunciada pela farmacêutica AstraZeneca.
A suspensão decorreu no seguimento de uma reação adversa verificada num dos participantes do estudo, sobre o qual se aguardam as conclusões sobre a reação adversa e a sua relação coma administração da vacina.
Numa primeira fase, a quantidade de vacinas dispon(...)
Rui Ivo desdramatizou a suspensão dos ensaios desta vacina ao afirmar que a mesma faz parte do processo de testes. "A decisão de suspender os ensaios submete-se à lógica normal, tendo surgido uma reacção adversa foi feita a suspensão. É necessário perceber a que se deve a reacção. Pode ter a ver com a vacina ou não", sustentou.
Para o presidente do Infarmed, esta suspensão é reflexo do "funcionamento normal do sistema". "Está a funcionar bem", garantiu.
O mesmo acrescentou ainda que na fase 3 dos ensaios se recorre a números mais alargados de faixas etárias e de situações especificas de patologias.
A chegada de uma vacina ao mercado e aos portugueses, segundo Rui Ivo apenas acontecerá quando a "segurança e a eficácia" estejam asseguradas.