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Pandemia de Covid-19

Retoma das aulas presenciais "não é novidade" para muitas escolas, diz Governo

04 set, 2020 - 21:08 • Lusa

“Não nos podemos esquecer que já há alguns meses houve um primeiro regresso de uma parte dos alunos e portanto não estamos aqui perante uma situação completamente nova”, sublinham Marta Temido e Tiago Brandão Rodrigues.

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Os ministros da Educação e da Saúde sublinharam esta sexta-feira que o regresso às aulas presenciais no contexto da pandemia de Covid-19 não é uma situação completamente nova para muitas escolas, que já tinham reaberto em meados de maio.

Tiago Brandão Rodrigues e Marta Temido estiveram durante a tarde na Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, para perceber como a escola se está a preparar para a reabertura, com um conjunto de normas de segurança diferentes do habitual.

Nesta escola, como noutras, a retoma das aulas presenciais em contexto de pandemia não vai ser uma estreia, uma vez que em 18 de maio os alunos do 11.º e 12.º anos regressaram para preparar os exames nacionais.

“Não nos podemos esquecer que já há alguns meses houve um primeiro regresso de uma parte dos alunos e portanto não estamos aqui perante uma situação completamente nova”, sublinhou a ministra da Saúde em declarações aos jornalistas.

Também o ministro da Educação recordou o período entre maio e julho em que as escolas secundárias funcionaram neste contexto, considerando que lhes permitir acumular experiência para o próximo ano letivo que, reconheceu, será certamente diferente.

“As escolas já têm um conhecimento refinado e profundo sobre o que tinham de fazer para se preparar, mas sabemos que agora temos uma nova situação. Temos mais alunos em cada um dos nossos estabelecimentos de ensino, temos uma abertura maior da nossa sociedade e temos todos de trabalhar porque sabemos que ainda assim o risco não é zero”, sublinhou.

Durante cerca de duas horas, os dois ministros percorreram os corredores da escola Pedro Nunes, agora decorados com setas vermelhas no chão, que assinalam o sentido de circulação entre os diferentes espaços, e cartazes nas paredes que recordam alunos, professores e funcionários das novas regras de higiene e segurança.

Segundo a diretora, Rosário Andorinha, que guiou a visita, a escola aproveitou muitas das medidas implementadas em maio e o plano de contingência atual, contou aos governantes, resulta de três revisões feitas àquele que esteve em vigor nessa altura.

Em menos de duas semanas, a Pedro Nunes volta a receber os seus cerca de 1.200 alunos que, no próximo ano, vão estar organizados em “turmas bolha” para evitar o contacto entre estudantes de turmas diferentes.

Para isso, a escola atribuiu salas específicas a turmas específicas, um desafio na altura de fazer os horários, admitiu Rosário Andorinha. Dentro de cada sala, que está organizada para receber até 28 estudantes, as secretárias individuais permitem manter o devido distanciamento.

Já no espaço do refeitório, que vai funcionar em dois horários, os lugares estão marcados e a expectativa da escola é que, como os estudantes não vão ter oportunidade de socializar, o tempo de refeição seja de entre 15 a 20 minutos, permitindo uma maior rotação de alunos.

Em complemento da experiência anterior, Rosário Andorinha considerou que as orientações gerais do Ministério da Saúde, emitidas em julho, ajudaram a preparar e a organizar a escola para o próximo ano.

Além destas, a Direção-Geral da Saúde emitiu um referencial para apoiar as escolas e as autoridades de saúde locais nas situações em que sejam identificados casos suspeitos, confirmados ou surtos em contexto escolar.

Segundo Tiago Brandão Rodrigues, o documento, que foi divulgado enquanto durava a visita, oferece uma confiança adicional não só às escolas, mas também aos alunos e às famílias.

E acrescentou: “É muito importante que cada uma das famílias fale com cada uma das suas escolas, porque isso é que é absolutamente fundamental”.

O próximo ano letivo arranca entre 14 e 17 de setembro, com a retoma das aulas presenciais que foram suspensas em 16 de março devido à pandemia de Covid-19 e retomadas dois meses depois, mas apenas para os alunos do 11.º e 12.º anos.

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