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Covid-19. Há 23 lares de idosos com surtos ativos

02 set, 2020 - 15:48 • Lusa

A maioriados casos regista-se na região de Lisboa e Vale do Tejo.

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A Direção-Geral da Saúde (DGS) avançou esta quarta-feira que, neste momento, há 23 lares de idosos com surtos ativos de covid-19 em todo o país, sendo a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo.

“No total do país, lares com surtos ativos são 23, incluindo o surto de Reguengos de Monsaraz”, disse a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na conferência de imprensa de atualização da situação da pandemia de covid-19 em Portugal.

Segundo Graça Freitas, 19 surtos estão na região de Lisboa e Vale do Tejo e quatro na região Norte.

Na conferência de imprensa, a ministra da Saúde foi questionada sobre o surto no lar Residência Montepio, no Porto, e que foi conhecido pelas autoridades de saúde a 27 de julho.

De acordo com Marta Temido, o surto fez 29 infetados entre os 108 utentes do lar. Desse número, 26 foram hospitalizados e, até ao momento, registaram-se 16 óbitos, 14 dos quais no Centro Hospitalar Universitário do Porto e dois nas instalações do lar.

A ministra disse ainda que está atualmente em curso um novo rastreio e sustentou que o surto “ainda não está encerrado”.

Questionada ainda sobre a taxa de mortalidade registada em agosto, a diretora-geral da saúde esclareceu que “foi a esperada” e “não houve qualquer fenómeno de excesso de mortalidade”.

Portugal regista hoje mais três mortos e 390 novos casos de infeção por covid-19, em relação a terça-feira, segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 58.633 casos de infeção confirmados e 1.827 mortes.

Os dados da DGS indicam que as três vítimas mortais foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabiliza 30.208 casos (mais 168) e 671 mortos.

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  • esteves ayres
    02 set, 2020 Viseu 16:22
    «É sem qualquer hesitação que classificamos estas mortes como puro assassinato, mesmo genocídio, quando somos confrontados com o resultado de uma primeira auditoria que nos revela que grande parte das mortes ocorridas no lar, faleceram não da doença Covid-19, mas de desidratação e de incúria, num quadro onde “faltava tudo no lar”, que para além de não possuir um plano de contingência, revelava enormes carências no quadro de médicos e enfermeiros – em número manifestamente abaixo do exigido por lei. Um quadro que, inclusivé, facilitou e promoveu a propagação da infecção ao resto da comunidade. Apesar de se saber que o Estado, que tem por missão e dever, tutelar e fiscalizar toda e qualquer instituição – pública, privada ou de natureza social – de acolhimento de idosos, Costa, com a displicência e arrogância criminosa que lhe são características, vem sacudir a água do capote das responsabilidades que o seu governo tem por não criar as condições para uma fiscalização adequada ao modo de funcionamento destas instituições. Vários foram os artigos que o Luta Popular online publicou a denunciar o autêntico genocídio a que a população mais idosa, muitas das vezes forçada a recorrer aos lares de 3ª idade, estava sujeita, quer por força de infecções por SARS-CoV 2 – e, sobretudo, da doença Covid-19 –, quer por força das degradantes e humilhantes condições de higiene, de alimentação e de cuidados de saúde que lhes eram negadas»!. Retirado um pequeno texto, publicado em 23.08.2020, "Genocídio de idosos em Reguengos de Monsaraz denuncia natureza criminosa do Estado", do Jornal "Luta Popular" online.

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