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"Crime de ódio". SOS Racismo exige justiça para Bruno Candé Marques

26 jul, 2020 - 01:58 • Lusa

"O seu assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes e reiteradamente proferiu insultos racistas contra a vítima”, afirma o movimento SOS Racismo.

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O SOS Racismo exige “justiça” no caso da morte do ator Bruno Candé Marques, baleado este sábado em Moscavide, concelho de Loures, distrito de Lisboa, considerando tratar-se de “um crime com motivações de ódio racial”.

“Hoje [sábado], pelas 14h, Bruno Candé Marques, cidadão português negro, foi assassinado com 4 tiros à queima roupa. O seu assassino já o havia ameaçado de morte três dias antes e reiteradamente proferiu insultos racistas contra a vítima”, afirma o SOS Racismo em comunicado.

Para a associação, “o caráter premeditado do assassinato não deixa margem para dúvidas de que se trata de um crime com motivações de ódio racial”.

No comunicado, o SOS Racismo pede que o "assassinato do Bruno Candé Marques não seja mais um sem consequências", exigindo que "justiça seja feita".

Um homem morreu este sábado após ter sido "baleado em várias zonas do corpo" por outro homem, entre os 60 e os 70 anos, na avenida de Moscavide, no concelho de Loures, distrito de Lisboa, disse a PSP.

O alerta para a situação de disparos na avenida de Moscavide ocorreu pelas 13h20, e quando a PSP chegou ao local encontrou "um homem que tinha sido baleado em várias zonas do corpo por outro homem".

Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP disse à Lusa que o óbito do homem baleado foi declarado no local e que o homem responsável pelos disparos, com idade entre os 60 e os 70 anos, informação que foi, posteriormente, corrigida para “cerca de 80 anos”, foi detido, tendo-lhe sido apreendida uma arma de fogo.

Em declarações aos jornalistas no local, pelas 16h00, o comissário do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP Bruno Pires adiantou que a vítima tem “cerca de 40 anos” e o suspeito de homicídio tem “cerca de 80 anos”.

“O detido, após os disparos, foi retido por populares até à chegada da PSP, não ofereceu resistência e, neste momento, encontra-se na nossa custódia”, referiu o comissário Bruno Pires, acrescentando que o suspeito está num dos departamentos policiais do Comando Metropolitano de Lisboa.

O crime ocorreu na via pública, “em plena avenida de Moscavide”, onde foram registados “alguns disparos” cujos vestígios “estão a ser recolhidos pela Polícia Judiciária”, por se tratar de um crime de homicídio, avançou o comissário da PSP.

Questionado sobre se o crime foi motivado por racismo, Bruno Pires referiu que “a única coisa que se sabe, e que poderá ser útil para a investigação, é que já existem relatos ao longo desta semana de desacatos”, mas a PSP ainda desconhece o motivo dos mesmos.

“Dos relatos que conseguimos, não foi adiantada muita informação”, reforçou.

A ocorrência mobilizou "dezenas de polícias", inclusive devido à necessidade de interromper o trânsito na avenida de Moscavide.

Comentários
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  • Anónimo
    17 ago, 2020 01:33
    "tanta coisa" = escumalha racista que não merece ser apelidada de humana e devia estar a responder pelo crime de difamação!
  • Tanta coisa
    28 jul, 2020 E o tipo já tinha ficha 14:26
    Quanto mais se escava, mais se descobre que o tal Candé, não é a "boa pessoa" que os racistas do SOS racismo, mais a atriz falhada do BE e outros da mesma estirpe, nos querem fazer crer. Então não é que o tipo estava referenciado pelas autoridades, por trafico de droga, violência doméstica, desordens e insultos na via pública? Então não é que o tipo já tinha também insultado e até ameaçado, o tipo que o matou, uns dias antes? Isto foi convenientemente escondido, para os do costume virem falar em "racismo" e terem os seus 15 minutos de fama, ou se calhar estavam à espera de tumultos como nos EUA, não? Tanta coisa para a coisa, e afinal fora o momento do crime, se calhar há muito mais a dizer em desabono do Candé, que do velho senil que o matou.
  • Observador
    27 jul, 2020 Portugal 18:54
    Estou a lembrar-me que não ouvi uma palavra nem da atriz falhada do BE, nem do SOS Racismo, a condenar a agressão ao motorista (branco) que chamou a polícia porque uma tal de Cláudia Simões (da côr dos do SOS racismo) queria viajar sem pagar bilhete, e interpelada pela autoridade, ainda tentou virar-se ao polícia...

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