08 jul, 2020 - 11:59 • Liliana Monteiro , Filipe d'Avillez
O advogado João Araújo, defensor de José Sócrates no âmbito do processo da Operação Marquês, morreu na última noite em casa. A informação foi confirmada por fonte familiar.
Sofria de cancro, doença assumida publicamente pelo próprio que em tom de brincadeira, chegando mesmo a dizer “não morro sem libertar o meu cliente (Sócrates)”, para mostrar a entrega ao processo em causa.
O seu estado piorou e já estava a ser acompanhado em casa por uma enfermeira.
No final do ano passado, à entrada do Tribunal Central de Instrução Criminal, mostrava-se já debilitado, mas não deixava de marcar presença nas sessões instrutórias.
A par do advogado Pedro Delille, João Araujo, representou Sócrates durante cerca de cinco anos.
Advogado polémico, João Araújo chegou a ser condenado em tribunal ao pagamento de 12.600 euros por difamação e injúria a uma jornalista a quem mandou “tomar banho”.
O velório deverá ocorrer esta quarta-feira na Basílica da Estrela.
João Araújo era advogado desde 31 de outubro de 1977, data de inscrição na Ordem dos Advogados.