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Educação na pandemia

Pais e diretores satisfeitos com mais inspeções para travar inflação de notas

21 mai, 2020 - 11:44 • Fátima Casanova

Ministro da Educação anunciou na Renascença um reforço das auditorias às avaliações dos alunos. Sempre que se justificar, haverá processos disciplinares, garantiu Tiago Brandão Rodrigues.

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A Confederação Nacional Independe de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) e a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) aplaudem a decisão do ministro da Educação sobre o reforço de inspeções para travar eventual inflação de notas.

Para Rui Martins, presidente da CNIPE, é uma decisão “de bom senso, para tentar mitigar as injustiças que possam surgir sobre as notas para o acesso ao ensino superior”.

É “uma grande oportunidade para se pensar e refletir sobre a forma de acesso ao ensino superior”, refere ainda à Renascença, reforçando a intenção da CNIPE em trabalhar para que as regras de acesso ao superior sejam alteradas, de modo a que “os filhos possam entrar nos cursos que desejam desde que trabalhem para isso”.

Inspeções trazem maior credibilidade, dizem diretores

Os diretores das escolas também aplaudem a decisão do ministro da Educação.

O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos de Escolas Publicas (ANDAEP) defende que a iniciativa tem em conta a “equidade no acesso ao ensino superior, o que é importante para os alunos”.

Por outro lado, Filinto Lima diz à Renascença que é importante “garantir maior credibilidade ao sistema educativo”.

O presidente da ANDAEP reconhece que, “tradicionalmente, algumas escolas inflacionam as notas” e, por isso, “este aviso é muito importante, até porque é feito com semanas de antecedência em relação à respetiva avaliação”.

Em entrevista ao programa A Hora da Verdade, da Renascença e do jornal “Público”, o ministro Tiago Brandão Rodrigues anunciou o reforço das ações que visam detetar inflação artificial de notas e auditorias aos critérios de avaliação dos alunos do secundário.

Destas ações poderão sair processos disciplinares, se se justificar.

As escolas deverão receber em breve as instruções para saberem como vão funcionar os exames, com perguntas opcionais.

Na mesma entrevista conjunta, Tiago Brandão Rodrigues afirmou que “a recuperação das aprendizagens” menos consolidadas deste ano “tem de ser um dos pilares fundamentais no regresso às aulas” em setembro.

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  • Petervlg
    21 mai, 2020 Trofa 16:42
    É simples,, coloquem os alunos dos privados, a fazer exames nacionais, nas escolas oficiais, ficariam admirados com o ranking

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