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Não há confiança para o regresso à escola. FNE deixa em aberto adiamento da reabertura

11 mai, 2020 - 13:48 • Manuela Pires

O secretário geral da FNE diz à Renascença que não há entre diretores, professores e pais um clima de confiança para o regresso às aulas presenciais. Joao Dias da Silva espera que esta semana as autoridades de saúde consigam garantir essa confiança, caso contrário seria melhor adiar a reabertura das escolas.

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A Federação Nacional da Educação (FNE) considera que ainda não estão garantidas as condições para o regresso às aulas presenciais. A uma semana da reabertura das escolas para as aulas presenciais para os alunos do 11 e 12º anos, Joao Dias da Silva diz à Renascença que ainda “é preciso ganhar a confiança de alunos, pais e professores”.

A FNE considera que a reunião da próxima quinta-feira, no INFARMED, que reúne peritos, especialistas na área da saúde, os partidos políticos e o Presidente da República possa dissipar todas as dúvidas e que “de uma forma transparente sejam dados todos os esclarecimentos e seja justificado se há condições para abrir no dia 18, ou se faz sentido haver um adiamento”, refere João Dias da Silva.

Mas o regresso às creches é também um outro assunto que preocupa a FNE, que considera que as regras definidas até agora são impossíveis de aplicar na prática. “É completamente inexequível e deve ser repensado a forma de trabalhar nas creches, o que está escrito não tem qualquer possibilidade de realização”, conclui o secretário geral da FNE.

Quanto ao ensino secundário, a FNE tinha proposto que este ano não se realizassem exames, mas já que essa não foi a decisão do Governo, agora é preciso criar condições para que as escolas reabram. "Não podem contar com todos os professores porque muitos integram grupos de risco”, justifica.

João Dias da Silva lembra ainda que com o desdobramento de turmas para garantir o distanciamento físico, o professor vai ter de dar aula não a uma turma, mas vai ter de estar presencialmente três vezes com a mesma turma. "Isso vai significar corrigir horários de professores”, adverte.

A FNE considera ainda essencial apostar na autonomia das escolas, porque vai ser necessário reduzir a duração das aulas e com isso não vai ser possível aos professores darem a matéria toda.

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