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Medicamento português para a doença de Parkinson aprovado nos EUA

27 abr, 2020 - 21:17 • Hugo Monteiro

É o segundo medicamento português a entrar no mercado farmacêutico norte-americano, o maior do mundo. Fármaco desenvolvido pela BIAL pode começar a ser vendido até ao final do ano nos Estados Unidos, onde há um milhão de pessoas com a doença de Parkinson.

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Um medicamento para a doença de Parkinson, desenvolvido pela BIAL, acaba de receber luz verde pelo regulador do mercado farmacêutico norte-americano. É o segundo medicamento português a poder ser vendido nos Estados Unidos.

Chama-se Ongentys e deverá começar a ser vendido até ao final do ano nos Estados Unidos, maior mercado a nível mundial, até ao final do ano. É um medicamento para a doença de Parkinson e passa a ser o segundo medicamento português a poder ser vendido nas farmácias norte-americanas, explica à Renascença o diretor executivo da BIAL, António Portela.

“Esse medicamento já está na Europa, desde finais de 2016. A chegada aos Estados Unidos, que é o maior mercado mundial - há um milhão de doentes com Parkinson nos Estados Unidos -, trará para nós uma perspetiva de crescimento muito importante para a empresa”, afirma o responsável.

António Portela diz que este é, também, um sinal da forma crescente como o mundo tem vindo a reconhecer a ciência e a investigação que é feita em Portugal.

"Sinto-me tranquilo com aquilo que tem sido feito em Portugal

" contra a Covid-19


A BIAL teve de aumentar a produção dos seus medicamentos por causa da pandemia do novo coronavírus.

A farmacêutica não está a trabalhar, diretamente, na criação de um fármaco para a Covid-19, até porque é especializada em doenças do sistema nervoso central e doenças cardiovasculares, no entanto, lembra António Portela, as outras doenças continuam a existir e foi preciso garantir o abastecimento nas farmácias de diversos medicamentos, mesmo que surja uma segunda vaga da pandemia.

“Nós no primeiro trimestre produzimos mais 50% do que é normal para esta altura do ano, estamos a garantir que conseguimos fazer chegar os nossos medicamentos a Portugal, mas também a outros países, mesmo aqueles mais afetados pela Covid-19, como Espanha e Itália.

Nestas declarações à Renascença, o diretor executivo da BIAL aplaude a forma como Portugal tem vindo a responder à pandemia.

“Daquilo que temos visto, estamos a responder melhor do que os países onde a situação é mais grave. Eu acho que, em termos gerais, eu sinto-me tranquilo e seguro com aquilo que tem sido feito em Portugal. Os números falam por si, mas o comportamento das pessoas, no seguimento das regras estabelecidas, tem sido exemplar”, afirma António Portela.

Mais difícil será perceber como vai o país vai responder aos problemas económicos gerados pela pandemia, sublinha o diretor executivo da BIAL.

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