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​Covid-19

​Num mês de pandemia PSP regista mais de 600 burlas sobretudo a idosos

24 abr, 2020 - 22:19 • Pedro Mesquita , Cristina Nascimento

Autoridades registam mudança de atuação por parte dos criminosos. A via digital é agora o meio mais procurado pelos burlões para enganar as suas vítimas.

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A PSP identificou no espaço de um mês mais de 600 burlas que tiveram por alvo sobretudo idosos.

“Desde o dia 13 de março a 12 de abril tivemos 144 burlas com fraude bancária e 482 burlas informáticas e nas comunicações”, disse à Renascença o subintendente Hugo Guinote.

Ao longo deste mês, as autoridades identificam duas formas distintas de atuação dos criminosos, que foi mudando ao longo do mês de confinamento.

“Numa primeira fase, houve burlas que assentavam mais naquilo que é o contacto direto, seja para tentar vender produtos, pretensos testes de Covid-19, máscaras, medicamentos, que depois entravam na residência das pessoas e com isso consumavam roubos. A partir da segunda quinzena da pandemia, percebemos que os idosos começaram a estar mais alerta e os próprios burlões que podiam ser mais facilmente apanhados, então modificaram os seus ‘modus operandi’ e passámos a ter uma criminalidade mais praticada via digital”, descreve Hugo Guinote.

A PSP constata ainda que, neste momento, registam um aumento da burla com fraude bancária “em aproximadamente 70%, entre 13 de março a 12 de abril, enquanto que as restantes burlas diminuíram”.

Perante esta realidade, Hugo Guinote recorda regras básicas para tentar garantir a segurança digital.

“Utilizar apenas aplicações para telemóvel que sejam descarregadas via lojas oficiais – Apple Store ou Play Store – ou se for via internet, utilizar apenas os sites oficiais. Não utilizar nunca links que sejam enviados por email, por WhatsApp ou por outras vias por terceiros, porque isso pode conter determinadas ligações indiretas que depois podem cair em burlas fraudulentas”, recomenda.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".

Portugal contabiliza 854 mortos associados à Covid-19 em 22.797 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

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