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Covid-19. Portugal tem 2.131 profissionais de saúde infetados

16 abr, 2020 - 13:27 • Redação

Diretora-Geral da Saúde explica que estes profissionais têm capacidade de fazer auto-vigilância e que em muitos casos não necessitam de realizar teste.

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Portugal tem 2.131 profissionais de saúde infetados com a Covid-19, um número atualizado esta quinta-feira pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.

"Ontem existiam 2.131 profissionais de saúde infetados, dos quais 396 são médicos, 566 enfermeiros e 1.169 outros profissionais de saúde, como assistentes operacionais e técnicos, e outros profissionais de saúde", afirmou, na habitual conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, reagiu ainda ao inquérito da Escola de Saúde Pública, que concluiu que seis em cada dez casos suspeitos de Covid-19 em profissionais de saúde não foram submetidos a vigilância ativa e apenas um quarto realizou o teste nas primeiras 24 horas.

Sobre os testes, Graça Freitas esclarece que um profissional de saúde "que fique isolado por 14 dias, porque foi um contato próximo de um caso, não precisa de fazer teste, porque terá de fazer a quarentena, quer o teste desse positivo ou negativo".

A diretora-geral da Saúde acrescenta que um profissional de saúde tem "características especiais", porque tem capacidade de fazer auto-vigilância, isto é, vigilância passiva, monitorizando os sintomas e reportando às autoridades de saúde.

O inquérito da Escola de Saúde Pública indica que mais de seis em cada 10 casos suspeitos de Covid-19 em profissionais de saúde não foram submetidos a vigilância ativa e apenas um quarto realizou o teste nas primeiras 24 horas.

Os dados dizem respeito ao primeiro questionário feito aos profissionais de saúde pelo Barómetro Covid-19, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), que decorreu entre os dias 2 e 10 de abril e obteve 4.212 respostas de médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes operacionais, farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos e os profissionais dos laboratórios.

Destes, 36,7% trabalham em áreas dedicadas ao tratamento de doentes ou suspeitos Covid-19, nomeadamente em cuidados de saúde primários (39,1%), urgências (31,8%), enfermarias (21,7%), Cuidados Intensivos (12,6%) e em outros locais (19,5%).

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