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​Pais de alunos com necessidades especiais preocupados com falta de respostas

15 abr, 2020 - 18:53 • Hugo Monteiro , Cristina Nascimento

Presidente da associação sublinha a importância que tem tido o acompanhamento que está a ser feito pelos pais, apesar de todas as dificuldades, para que o ano letivo não seja perdido.

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A Associação Portuguesa de Deficientes lamenta que ainda não tenha sido divulgado de que forma vão ser retomadas as aulas para os alunos com necessidades educativas especiais.

Em declarações à Renascença, a presidente da associação confirma que já questionou o Governo sobre o assunto, mas ainda não teve resposta.

“Já questionámos o Ministério da Educação porque fala-se muito e tem-se falado muito ao longo do dia naquilo que é o regresso à escola, através da telescola, mas não oiço falar, ainda não ouvi falar de que forma vão ser acompanhadas as crianças com necessidades educativas especiais”, diz.

Ana Sezudo recorda que esta crianças precisam de muitas e variadas respostas. “Não sabemos de que forma é que isto está a ser pensado ou até sequer se foi pensado sequer”, questiona.

Nestas declarações à Renascença, Ana Sezudo diz ser urgente definir estratégias para que seja possível o retomar das aulas também para estes alunos, embora reconheça que, em muitos casos, será “difícil” o ensino à distância.

“Teríamos que ouvir obviamente a opinião dos especialistas, daqueles que são os docentes da área de ensino especial para saber quais são as necessidades que têm de ser colmatadas”, sugere.

Ana Sezudo sublinha a importância que tem tido o acompanhamento que está a ser feito pelos pais, apesar de todas as dificuldades, para que o ano letivo não seja perdido.

“Se para qualquer outro aluno já pode ser difícil fazer um acompanhamento escolar apenas com o auxílio dos pais, imagine para uma criança que tem necessidades educativas especiais é porque de alguma forma necessita de um maior apoio ou de respostas mais específicas”, observa Ana Sezudo.

“A nossa preocupação é grande, porque se este já é um grupo da população que vai, de alguma forma, sendo deixado para trás, com aquilo que está a acontecer, serão com certeza aqueles que mais vão sofrer as consequências no futuro”, remata a presidente da associação.

O boletim diário da Direção-Geral de Saúde, desta quarta-feira, revela que Portugal tem agora 599 mortos (mais 32 do que na terça-feira) e 18.091 infetados (mais 643), devido à pandemia de Covid-19 e desde que o surto chegou ao país.

A DGS revela também que 383 doentes já recuperaram da doença. São mais 36 do que na terça-feira.

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