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Há três mil voluntários para ajudar nos lares

10 abr, 2020 - 13:10 • Hugo Monteiro , Beatriz Lopes

A associação dos lares privados diz que o número é "bom", mas teme que possa vir a não ser suficiente.

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Cerca de três mil voluntários já se inscreveram na plataforma “Cuida de todos” para dar apoio aos lares de idosos durante este período de pandemia provocada pela Covid-19. O número foi confirmado pela Renascença junto de fonte do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O presidente da associação de Apoio Domiciliário de Lares e Casas de Repouso de Idosos (ALI) fala de um número razoável, mas que pode não ser suficiente.

João Ferreira de Almeida, que representa os lares privados, fala de “um número bom”, desde que na prática funcione. “Já há duas ou três semanas tivemos conhecimento de vários voluntários que queriam ajudar, mas depois, quando eram chamados, recusaram-se a apresentar nos lares para trabalhar”, lembra.

O responsável pela associação de lares lembra a importância de garantir a segurança dos utentes, no momento da entrada destes voluntários ao serviço. “Tem de se garantir que não estão contagiados para não aumentarem ainda mais os problemas que há nos lares e que são de uma gravidade muito grande.”

Já quanto à “preparação ou experiência que essas pessoas têm para prestar os cuidados que os idosos precisam”, João Ferreira de Almeida considera que, “em tempo de guerra não se limpam armas” e “é melhor ter essas pessoas mesmo com pouca experiência, do que estar aflito sem ninguém para trabalhar”.

Nestas declarações, o presidente a da ALI descreve uma situação “mais complicada” num lar de idosos em Matosinhos. Quando se deparou com falta de pessoal resolveu o problema com recurso a um grupo de voluntários.

Portugal regista esta sexta-feira 435 mortos associados à covid-19, mais 26 do que na quinta-feira, e 15.472 infetados (mais 1.516), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou 1.6 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 96 mil. Há ainda 356 mil pessoas que recuperaram.

Os Estados Unidos são o país mais afetado em número de casos, com 466.299 casos e 16.686 mortos, continuando a Europa a ser o continente com mais casos contabilizados (826.382) e de mortos (66.642).

A Itália é o país europeu com maior número de mortes, seguida da Espanha, da França e do Reino Unido.

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