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Coronavírus. Repatriamento dos passageiros do MSC Fantasia concluído

02 abr, 2020 - 10:32 • Celso Paiva Sol

Há cinco cidadãos colombianos que ficam em "confinamento obrigatório" em Portugal, por razões humanitárias. Ministério da Administração Interna não revela quantos casos de infeção por Covid-19 foram detetados entre os passageiros e não esclarece como vai proceder com os 500 membros da tripulação.

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O Ministério da Administração Interna (MAI) dá por concluída a operação de repatriamento dos passageiros do MSC Fantasia, 12 dias depois do navio ter atracado no Porto de Lisboa, a 22 de março, com 1.338 passageiros e 500 tripulantes a bordo.

De acordo com nota do MAI, os últimos passageiros a sair foram nove cidadãos argentinos, sendo que outros cinco colombianos também já saíram, mas permanecem em Portugal por razões humanitárias. O ministério informa que "estes passageiros ficarão em confinamento obrigatório".

O comunicado do MAI não é claro sobre o que irá acontecer agora aos 500 tripulantes. Aguarda-se para saber se também irão ser repatriados pelo mesmo método, ou se seguem no navio. Tal como é omisso sobre quantos casos de infeção por Covid-19 foram detetados entre os passageiros. Oficialmente só se conhece a situação do passageiro português – conhecida logo nos primeiros dias - que ficou em tratamento na sua casa de Satão, no distrito de Viseu.

A Renascença sabe que haverá mais caso que, até ao momento, ainda não foram revelados.

Doze dias de operação

Inicialmente, só poderiam desembarcar os 27 passageiros portugueses e os oito estrangeiros residentes em Portugas, mas essa possibilidade foi dada a todos, sendo que os cidadãos estrangeiros seriam transportados diretamente para o aeroporto para serem repatriados.

O Governo explicou que abria uma exceção à proibição de desembarque de passageiros de cruzeiros, porque iria aproveitar este caso concreto para negociar diplomaticamente o regresso de portugueses que se encontram espalhados pelo mundo.

Foi também dito que os passageiros seriam enquadrados em colunas de autocarros que seguiriam diretamente do Porto de Lisboa para o Aeroporto Humberto Delgado – à porta de cada avião e que isso, tecnicamente, nem sequer era uma entrada efetiva em território nacional.

E assim foi ao longo dos últimos 12 dias, numa operação conduzida pelo SEF, pela PSP, pela ANAC, a DGS, a ANA-Aeroportos, a Policia Marítima, e os Assuntos Consulares. Todos os dias foram levados ao aeroporto dezenas de passageiros, agrupados por nacionalidades ou destinos. Entre os mais de 1300 passageiros, havia cidadãos de 38 países, maioritariamente da União Europeia, do Reino Unido, do Brasil e da Austrália.

Realizaram-se algumas dezenas de voos, mas também houve um grupo de 22 cubanos transportados de autocarro para a fronteira terrestre do Caia.

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