10 mar, 2020 - 14:58
O agente da PSP que é suspeito de ter agredido uma cidadã na Amadora foi constituído arguido, depois de o Ministério Público ter concluído que existem indícios suficientes de agressão.
Carlos Cunha foi chamado a intervir num incidente na Amadora, depois de uma mulher ter sido retirada de um autocarro da Vimeca por estar a viajar com uma menor que não tinha título de transporte. Cláudia Simões disse que a sua filha de nove anos se tinha esquecido do passe e terá resistido quando compareceu a PSP.
Segundo o agente, foi Cláudia Simões quem se revelou “agressiva” e terá mesmo mordido o polícia, obrigando-o a detê-la. Foi constituída arguida por essas razões logo na altura.
Imagens subsequentes, porém, mostraram a cidadã com a cara inchada e cheia de mazelas. Admitida ao hospital Amadora-Sintra, foi sinalizada como “muito urgente”, tendo a “face deformada por hematomas extensos”, segundo o jornal Público.
Cláudia Simões alega que foi agredida na altura da detenção mas também no veículo da PSP, enquanto era levada para a esquadra. Acusa ainda o polícia de ter proferido insultos racistas.
Quem acionou os bombeiros para transportar Cláudia Simões para o hospital foi a própria esquadra, que indicou “queda” como a razão dos seus ferimentos.