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Aeroporto do Montijo. Costa diz que “não é legítimo” que municípios limitem projetos de interesse nacional

04 mar, 2020 - 15:00 • Lusa

Primeiro-ministro insiste na urgência de se avançar com a construção de uma nova infraestrutura aeroportuária, sublinhando que o aeroporto de Lisboa “está a rebentar pelas costuras”.

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O primeiro-ministro, António Costa, disse, esta quarta-feira, que “não é legítimo” que qualquer município limite projetos de interesse nacional, afirmando que a decisão sobre a localização para a construção do novo aeroporto do Montijo foi tomada em 2014 e 2015.

Após uma "reunião de emergência", que decorreu em Lisboa, com os autarcas da Moita, Seixal, Barreiro, Alcochete, Montijo e Lisboa, destinada a “encontrar pontos de entendimento” sobre a construção do aeroporto do Montijo, António Costa disse que se deve “respeitar a continuidade contratual” quanto à construção do aeroporto do Montijo.

“Não faz sentido discutir o que já foi discutido antes de 2014”, afirmou o primeiro-ministro, recusando voltar à discussão sobre a localização do novo aeroporto, tema que foi abordado ao longo dos últimos 60 anos, com 17 localizações em estudo.

Além disso, António Costa destacou a urgência de se avançar com a construção de uma nova infraestrutura aeroportuária, indicando que o aeroporto de Lisboa “está a rebentar pelas costuras”.

Sobre o parecer desfavorável de alguns autarcas, o governante referiu que a solução passa por “minorar os impactos” da localização Montijo.

Os presidentes das Câmaras da Moita e do Seixal, os comunistas Rui Garcia e Joaquim Santos, reiteraram, esta quarta-feira, a posição contra o projeto de construção do aeroporto do Montijo, mas afirmaram estar disponíveis para dialogar com o Governo.

A conclusão mais relevante do encontro foi a marcação de novo encontro para a segunda quinzena de março.

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  • Cidadao
    04 mar, 2020 Lisboa 16:11
    A coberto do dito "interesse nacional" tem-se posto termo a greves, providências cautelares, protestos, alguns dos quais depois viram os Tribunais dar-lhes razão... uns meses ou anos depois do facto consumado e numa altura em que de nada adiantava terem tido razão. A opinião do Costa é isso mesmo, uma opinião. E tanto é legitimo que está escrito na Lei. Lei aprovada até pelo partido dele e que agora que não lhes dá jeito, queriam alterar. Só que como são minoritários, e os outros não foram na cantiga até ver, estão encalacrados. Aí vêm os apelos "à razão", ao "patriotismo" e à parafernália infernal de vitimização que o PS costuma lançar mão, nestes casos. Cada vez estou mais contente que não tenham tido Maioria Absoluta.

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