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“Entretenimento saudável”. Santa Casa desvaloriza estudo sobre "vício" da Raspadinha

22 fev, 2020 - 00:25 • Redação

Instituição afirma que “o artigo em causa não pode ser classificado como ‘estudo’" e argumenta que o gasto médio está em linha com países como França ou Suíça.

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O Departamento de Jogos da Santa Casa rejeita as conclusões de uma investigação que alerta para o vício da Raspadinha em Portugal e destaca o compromisso assente no “entretenimento saudável”.

O comunicado da Santa Casa, divulgado esta sexta-feira, começa por afirmar que “o artigo em causa não pode ser classificado como ‘estudo’, sendo que os dados citados se limitam à reprodução de valores contidos no Relatório & Contas 2018”.

Os próprios investigadores, refere a nota, admitem “não existirem estudos científicos em Portugal para suportarem qualquer tipo de conclusão”.

Os Jogos Santa Casa lamentam que, “a partir de dados genéricos e perceções sem qualquer tipo de fundamentação científica ou trabalho estatístico, se extrapolem conclusões genéricas”.

O comunicado sublinha que nos anos mais recentes tem-se verificado um “abrandamento no crescimento da Raspadinha”, ao contrário da “informação veiculada”.

De acordo com o estudo realizado por dois investigadores da Universidade do Minho, revelado esta sexta-feira, o gasto médio por pessoa em Raspadinhas é de 160 euros/ano em Portugal, quando em Espanha o valor ronda os 14 euros.

Os Jogos Santa Casa respondem que a situação nos dois países “não é comparável”, uma vez que em Espanha “não há tradição de aposta neste tipo jogo da lotaria instantânea de base territorial, ao contrário do que acontece em Itália, o país europeu líder no valor médio gasto per capita em Raspadinha”.

“Outros países, onde este jogo também tem tradição, como França ou Suíça, os valores médios gastos per capita estão em linha com os que se verificam em Portugal”, defende a Santa Casa.

A Santa Casa não faz publicidade à Raspadinha e o peso do valor gasto em jogos sociais no rendimento das famílias “tem-se mantido constante nos últimos anos, não chegando a um por cento”, refere o comunicado.

A instituição destaca o “reforço constante das práticas do Jogo Responsável”, a realização de campanhas de sensibilização, a linha de apoio ao apostador e a colaboração com entidades, nacionais e internacionais, incluindo o Serviço de Intervenção para os Comportamentos Aditivos do Ministério da Saúde (SICAD), dando os seus contributos para a elaboração do Plano Nacional para os Comportamentos Aditivos.

Comentários
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  • Desabafo Assim
    24 fev, 2020 13:01
    Direito à resposta em tempo oportuno aqui ou em qualquer outro lado
  • Desabafo Assim
    24 fev, 2020 12:09
    A quem se dirige o comentário? Que é o vício senão dependência? O comentário só pode ser dirigido ao comentário anterior, (redigido pela direção a mim) ou ao produtor do estudo. Sendo a mim digo-lhe que o único vício que tenho é o do tabagismo e sobre a maldade que vos corre nas veias é única e exclusivamente uma questão de destilação vossa pois a raspadinha e o próprio jogo é fruto do mundo, de um engano em não aceitar a cruz que Cristo diz que tem que transportar para se salvar um dia, porque se ferem ouvindo isto? Pensão que o dinheiro vindo do engano é bom? Deixa o ladrão de roubar quando já tem dinheiro mais que suficiente para viver? Muito engano há no mundo, tudo está disposto ao contrário do compreendido pela besta que existe em cada um de nós pois não são postas as questões com clareza, que se prefere para os nossos filhos, uma vida na pobreza rodeada por gente boa ou uma vida abastada rodeada de gente má?
  • omemvenus
    22 fev, 2020 lisboa 09:53
    antes ter vicio na raspadinha , que ter vícios em outros vícios maléficos
  • Desabafo Assim
    22 fev, 2020 08:58
    Querem então esclarecer que o jogo não é um problema, os outros também o têm, logo é coisa natural, certo!

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