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Tempo vai piorar nas próximas 48 horas. O que fazer para se proteger

18 dez, 2019 - 16:01 • Redação

Devido à depressão Elsa, cinco distritos de Portugal continental estão sob aviso laranja. Há previsão de chuva forte e persistente, vento e trovoada.

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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil emitiu, esta quarta-feira, um aviso à população por causa do agravamento das condições meteorológicas, com precipitação forte e persistente, vento forte nas terras altas e agitação marítima forte em toda a costa.

O aviso alerta para a possibilidade de "inundações rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem", e "inundações por transbordo das linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis".

Avisa ainda que, tendo em conta as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) - que colocou cinco distritos de Portugal continental sob aviso laranja (o segundo mais grave) -, há ainda a possibilidade de inundações de "estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem" e de formação de lençóis de água na estrada, além da queda de ramos de árvores, danos em estruturas montadas ou suspensas.

O agravamento das condições meteorológicas pode ainda levar a "possíveis acidentes na orla costeira" e a "fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência".

Esta quarta-feira, ao final do dia, é esperada chuva forte, que pode chegar aos 30 litros por metro quadrado num curto espaço de tempo, alerta Pedro Nunes, comandante da Proteção Civil Nacional, que pede especial atenção às populações da Grande Lisboa e Porto.

"Esta quarta-feira, ao fim do dia, é espectável que estas duas áreas metropolitanas sofram quantitativos de precipitação muito elevados. Estou a falar na ordem dos 20 a 30 litros por metro quadrado em duas ou três horas e esta situação vai trazer problemas a vários níveis. Circulação, acidentes, inundações, queda de árvores. Temos que estar preparados para este cenário de meteorologia adversa.”

Principais medidas de autoproteção apontadas:

  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a formação de lençóis de água nas vias;
  • Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança;
  • Nos terrenos confinantes com rios e cursos de água, historicamente sujeitos a cheias e inundações, retirar os animais e os equipamentos agrícolas.

"O piso rodoviário vai ficar extremamente escorregadio e vai haver formação de lençóis de água. Há uma possibilidade muito grande de quedas de árvore. Em relação à agitação marítima vamos ter também problemas na orla marítima e deslizamento de terras", acrescentou ainda Pedro Nunes, da Proteção Civil, em conferência de imprensa.

Está, também, a ser feita a monitorização de bacias de vários rios devido á possibilidade de inundações.

  • A bacia do Lima pode causar problemas em ponte de barca e ponte de lima.
  • A bacia do Cávado pode trazer inundações a Esposende, Braga, Amares e Terras de Bouro.
  • A bacia do Douro pode vir a galgar a zona da Régua e para a zona da Foz, quer em Gaia quer no Porto.
  • A bacia do Vouga pode afetar a região de Águeda.
  • A bacia do Mondego pode causar inundações em para Coimbra.

Os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Aveiro estão sob aviso laranja devido à previsão de chuva forte e persistente, podendo ser acompanhada de trovoada, segundo o IPMA. O aviso laranja vigora entre as 18h00 de hoje e as 00h00 de quinta-feira.

A chuva levou também o IPMA a emitir aviso amarelo para os distritos de Viseu, Guarda, Castelo Branco, Coimbra e Leiria até às 03h00 de quinta-feira.

Foram também colocados sob aviso amarelo os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Coimbra devido ao vento forte, com rajadas até 85 quilómetros por hora, em especial no litoral, e até 110 quilómetros nas terras altas.

Este aviso amarelo para o vento vai estar em vigor entre as 15h00 de hoje e as 21h00 de quinta-feira.

Sob aviso amarelo estão ainda os distritos de Viana do Castelo, Braga, porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa devido à agitação marítima, prevendo-se ondas de oeste/sudoeste com quatro a cinco metros até às 06h00 de quinta-feira.

O IPMA colocou também as regiões montanhosas da ilha da Madeira sob aviso amarelo devido ao vento forte com rajadas até 95 quilómetros por hora entre as 12h00 de hoje e as 00h00 de quinta-feira.

O aviso laranja, o segundo mais grave, aplica-se a situações meteorológicas de risco moderado a elevado, enquanto o aviso amarelo traduz situações de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

[notícia atualizada às 16h01]

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