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Estudo. Falta de professores pode agravar-se num futuro próximo

25 nov, 2019 - 07:40 • Redação

Mais de metade dos professores do quadro podem aposentar-se num prazo de 11 anos.

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O Concelho Nacional de Educação (CNE) admite que a falta de professores pode agravar-se num futuro próximo, porque o número de alunos inscritos nas áreas de formação para docência, caiu para metade nos últimos cinco anos.

Mais de metade dos professores do quadro podem aposentar-se até 2030, conclui um estudo do CNE feito a pedido do Parlamento.

Os números mostram que entre os docentes metade tem 50 ou mais anos e apenas 1,1% se situam abaixo dos 35 anos.

O estudo admite que os problemas que afetam classe “pode anunciar uma carência mais generalizada num futuro próximo, devido ao envelhecimento da população docente e previsíveis aposentações”.

“Serão necessárias medidas adicionais que permitam oferecer estabilidade do corpo docente em serviço nas escolas, na linha de medidas já anteriormente tomadas que garantiram colocações por quatro anos”, acrescenta o documento.

Nesta análise a CNE tem em conta a quebra demográfica da população em idade escolar e com o facto de haver um grande número de professores sem colocação. No entanto, alerta que nos últimos cinco anos, diminuiu para metade o número de alunos inscritos nas áreas de formação para a docência.

O estudo analisa vários sistemas europeus de seleção de professores, onde predomina o sistema aberto, em que o recrutamento é gerido diretamente pelas escolas ou autoridades locais.

São traçados três cenários possíveis para Portugal em termos de recrutamento. O modelo A corresponde ao modelo vigente neste momento. O modelo B equivale a um nível de seleção intermunicipal e o último cenário, o C, coloca essa responsabilidade nos agrupamentos escolares. Analisa benefícios, desafios à concretização e riscos em cada um deles e propõe até um sistema misto entre o A e o C.

O estudo “Regime de Seleção e Recrutamento do Pessoal Docente da Educação Pré-Escolar e Ensinos Básico e Secundário” foi feito a pedido do Parlamento e analisa ainda novos cenários de recrutamento.


Comentários
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  • Não há
    25 nov, 2019 Portugal 08:41
    O que é que isso importa, se não há crianças para ensinar, dirão alguns? É. Não há crianças, não há transportes públicos em condições, não há SNS a funcionar devidamente, tal como não há Tribunais, Esquadras de Polícia, quartéis de Bombeiros, Comboios, Também não há salários nem reformas dignas... Não há professores? Irrelevante! Temos o Costa...

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