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Técnicos de Proteção Civil dizem que golas inflamáveis são "falsa polémica"

26 jul, 2019 - 18:56 • Henrique Cunha, com redação

Em declarações à Renascença, o presidente da Asprocivil explica que o kit entregue pela Proteção Civil é um equipamento de evacuação, não se destinando a proteger no combate aos incêndios.

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Ricardo Ribeiro, da Asprocivil, em declarações ao jornalista Henrique Cunha

O presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil (Asprocivil), Ricardo Ribeiro, diz que "não tem razão de ser" a polémica sobre o material inflamável distribuído às populações no âmbito do projeto Aldeia Segurança.

Em declarações à Renascença, Ricardo Ribeiro explica que o kit entregue pela Proteção Civil é um equipamento de evacuação, não se destinando a proteger no combate aos incêndios.

No ponto de vista do presidente da Asprocivil, estamos perante uma "falsa polémica".

“Em boa verdade, o kit de que estamos a falar é de evacuação e não de combate [aos fogos]. Se é verdade que a famigerada gola não é ignífuga [anti-fogo], a verdade também é que os coletes de alta visibilidade não o são, as fardas dos GNR que não estão expostos ao incêndio não são… Isto é uma falsa polémica que não percebo porque é que nasceu”, afirma Ricardo Ribeiro.

Questionado se a gola feita de material inflamável deve ser retirada do programa Aldeia Segura, o presidente da Asprocivil considera que cabe ao Governo decidir.

“A gola nunca fez parte do kit. São 70 mil golas e o kit são 15 mil. Os kits são distribuídos aos oficiais de segurança, para depois, através desses kits, ser-lhes exemplificado como é que cada cidadão deve constituir o seu próprio kit”, sublinha.

“No panfleto e no livrinho que foram distribuídos o que se diz é: ‘se estiver próximo de incêndio, evite a exposição ao fumo, tape a boca e o nariz com um pano húmido’. Isto é o que diz a documentação distribuída à população e essa gola era para demonstrar o pano húmido, e criou este ruído que é mau”, lamenta Ricardo Ribeiro.

Essas golas foram distribuídas, sobretudo, em ações de formação e sensibilização realizadas um pouco por todo o país e não fazem parte dos kits de emergência que também foram distribuídos em 1.600 aldeias que aderiram ao programa Aldeia Segura.

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