15 fev, 2019 - 10:34 • Redação
Os deputados da comissão parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação visitam esta sexta-feira as instalações da antiga Siderurgia Nacional. A empresa, agora propriedade dos espanhóis Megasa, tem sido alvo de contestação por parte dos moradores que se queixam de problemas de saúde decorrentes da poluição ambiental produzida pela fábrica.
A empresa garante que cumpre todos os requisitos ambientais, mas a população de Paio Pires, no concelho do Seixal, convive diariamente com pó, ora negro, ora branco proveniente da unidade fabril.
A situação levou à formação de uma associação, denominada Terra da Morte Lenta, que interpôs agora na justiça uma ação a empresa.
No início do mês de fevereiro a antiga Siderurgia Nacional foi notificada pela Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) para o cumprimento das condições da licença ambiental, "no prazo de 60 dias".
Em janeiro, a associação ambientalista Zero alertou para o facto de, nesse mês, durante 13 dias ter sido ultrapassado o valor-limite de partículas inaláveis.
Em 2017, a Renascença já tinha dado conta das preocupações da população através da reportagem “Óxidos, dioxinas e furanos às toneladas em cima de nós”.