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Greve dos enfermeiros não levou a aumento dos cheques-cirurgia no privado

08 fev, 2019 - 17:58 • Pedro Mesquita , Filipe d'Avillez

Privados dispuseram-se a ajudar a combater as listas de espera, mas o Governo não aceitou, apesar de essa solução ter sido mais barata, explica Óscar Gaspar da associação dos hospitais privados.

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O impacto da greve dos enfermeiros não fez aumentar o número de cheques-cirurgia que chegaram ao privado.

Apesar de milhares de adiamentos nos blocos operatórios, o recurso ao privado através do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) não foi solução, diz à Renascença Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada.

“Em 2018 houve um acréscimo em relação ao ano anterior, mas no que respeita aos meses de novembro, dezembro e janeiro, em que houve a greve cirúrgica, de facto não notámos nenhum tipo de acréscimo”, diz.

Os hospitais privados avisaram em novembro que estariam dispostos a “dar um contributo adicional em termos de recuperação das listas de espera”, mas que essa oferta não foi aceite pelo Governo.

Questionado da razão da recusa, Óscar Gaspar remete para o Governo. “Isso é uma pergunta que tem de colocar ao Ministério da Saúde. Admito que nos últimos meses tenha havido algum preconceito ideológico mais acentuado em relação a tudo o que não é público.”

Contudo, Óscar Gaspar acrescenta que o Estado até teria poupado dinheiro se tivesse recorrido ao privado. Pelas regras do SIGIC, o valor de referência resultaria numa redução média de custos da ordem dos 20%, afirma.

A Renascença já pediu esclarecimentos ao Ministério da Saúde, mas ainda não os obteve.

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