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Ordem dos Médicos pede "apuramento das causas" de aumento da mortalidade infantil

21 jan, 2019 - 13:54 • Agência Lusa

Segundo dados provisórios da Direção-Geral da Saúde, número de mortes entre crianças com até um ano de idade registou em 2018 o valor mais elevado dos últimos cinco anos.

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A Ordem dos Médicos pediu esta segunda-feira um "apuramento rápido" das causas do "aumento da mortalidade infantil", que, segundo dados provisórios da Direção-Geral da Saúde, registou em 2018 o valor mais elevado desde 2013.

De acordo com os dados oficiais ainda provisórios, os valores da mortalidade infantil são apenas ligeiramente acima dos que foram verificados em 2016.

Segundo os dados hoje divulgados no site da Direção-Geral da Saúde (DGS), a taxa de mortalidade infantil foi no ano passado de 3,28 mortes por cada mil nados vivos, quando em 2017 tinha sido de 2,69 e em 2016 de 3,24.

A evolução da taxa de mortalidade infantil (até ao 1.º ano de vida), hoje noticiada pelo Correio da Manhã, levou a Ordem dos Médicos a apelar à DGS para que retire conclusões finais sobre as causas de cada morte.

Na nota, o bastonário Miguel Guimarães considera que os dados, ainda preliminares, são “preocupantes”.

A nota da Ordem refere que os números brutos da mortalidade infantil mostram que em 2017 houve 229 óbitos e em 2018 se registaram 289, ou seja, um acréscimo de 60 mortes num ano.

“A mortalidade infantil é um dos indicadores com evolução mais positiva no nosso país, motivo de referência a nível internacional. Sabemos que o aumento da idade média da maternidade e o maior recurso a tratamentos de fertilidade podem ter algum impacto negativo na mortalidade infantil. Ainda assim, este aumento merece uma rápida análise por parte do Ministério da Saúde para evitar um clima de desconfiança dos utentes em relação ao sistema de saúde”, refere a Ordem dos Médicos.

Na nota hoje divulgada no site, a Direção-Geral da Saúde considera que “o número de mortes infantis em 2018 (dados provisórios) não se reflete de forma relevante na taxa de mortalidade infantil, uma vez que também se verificaram mais nados-vivos”.

Aliás, a DGS destaca que o valor da taxa de mortalidade infantil em 2018 é “similar ao verificado em 2016”.

E já nesse ano, em 2016, a autoridade de saúde frisa que Portugal se situava entre os melhores países da União Europeia no que se refere à mortalidade infantil.

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  • Filipe
    21 jan, 2019 évora 22:20
    Os médicos andam desinteressados pelo sistema público , andam sempre a pensar no seguinte momento ... consultas privadas em consultórios até às tantas da madrugada e serviços privados em Hospitais , não andam atentos na profissão que dizem mal paga . Os enfermeiros e enfermeiras a mesa situação , anda tudo em roda livre ... Portugal qualquer dia parece a Etiópia . Quantos bebés morreram no serviço privado ???? Tenham de uma vez por todas vergonha na cara e obriguem esses capangas da saúde a cumprirem tempos mínimos por exclusivo no serviço público , pois quem lhes paga os cursos são os impostos dos pobres que depois são deitados para o lixo por eles aquando greves e afins e pelos vistos nascem poucas crianças em Portugal e ainda as matam por falta de dedicação . No Mundo evoluído já quase não se morre de ser prematuro ... só em Portugal no Séc. XXI apadrinhado por uma "geringonça" que não mete autoridade nessa gente . E, por favor digam se de todos os profissionais de saúde quantos filhos ou filhas lhes morreram ? Tenham vergonha ! Tanta especialidade e parece que a civilização existe desde ontem , milhões de anos de reprodução humana e sem auxílio de enfermeiros e médicos , e estamos cá todos a ver morrer gente indefesa onde as condições existem para as evitar e no entanto essa gente filiada em partidos Nazis deixa morrer gente que afinal nunca será gente , por culpa deles .
  • Ivo Costa
    21 jan, 2019 Porto 19:34
    Os enfermeiros estão com as carreiras congeladas!!!

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