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Associação de Apoio aos Reclusos convoca vigílias se visitas forem canceladas

04 dez, 2018 - 23:46

O motim no Estabelecimento Prisional de Lisboa já foi resolvido, sem feridos, mas “a situação que deu origem a isto não está resolvida”, afirma Carlos Rato, da APAR.

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A Associação Portuguesa de Apoio aos Reclusos (APAR) apela à realização de vigílias de familiares de reclusos se, na quarta-feira, não houver visitas no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), onde esta terça-feira ocorreu um motim, e noutras cadeias.

“A APAR propõe que os familiares venham para aqui à hora das visitas e sejam eles a manifestar-se, não os presos lá dentro porque sofrem retaliações. Os familiares é que devem estar aqui e obrigar o poder a falar com eles para resolver a situação”, defende Carlos Rato, da APAR.

Em declarações aos jornalistas em frente ao Estabelecimento Prisional de Lisboa, Carlos Rato afirma que o motim já foi resolvido, sem feridos, mas “a situação que deu origem a isto não está resolvida”.

O dirigente da APAR deixa críticas ao Governo: “a sra. ministra da Justiça vem cá no dia de Natal fazer uma visita com os jornalistas atrás para dizer que veio visitar uma cadeia, mas depois, durante o ano inteiro não recebe ninguém da associação de reclusos, não recebe os sindicatos, não quer saber dos problemas das cadeias, inclusive, nem tem o pelouro da cadeia, passou-o”.

Carlos Rato alerta que quando se ignora uma situação, o problema “vai-se agravando, agravando até que explode”, como aconteceu esta terça-feira à noite, em Lisboa.

O motim no EPL ficou resolvido pelas 20h15 e não há registo de feridos entre os reclusos e os guardas prisionais, indica a Direção-Geral da Reintegração e Serviços Prisionais (DGRSP).

O motivo do protesto foi o cancelamento das visitas devido “à marcação de um plenário de guardas prisionais convocado pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional”, refere a DGRSP.

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