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Palmilhas “inteligentes” vão ajudar na reabilitação de um AVC

20 nov, 2018 - 08:30 • Redação

O projeto pode chegar ao mercado em 2020 e tem como objetivo contribuir para uma reabilitação em casa de pacientes que tenham sofrido um AVC.

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Palmilhas “inteligentes” para ajudar na reabilitação física após um acidente vascular cerebral (AVC), realizada em casa, com o acompanhamento remoto de profissionais de saúde, vão começar a ser testadas em dezembro em doentes de hospitais de Espanha e Holanda.

A solução tecnológica, “SwitHome”, que poderá chegar ao mercado em 2020, tem como objetivo contribuir para uma reabilitação em casa de pacientes que tenham sofrido um AVC. O projeto resulta de uma colaboração entre o Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e o Instituto Pedro Nunes (IPN).

“Por um lado, permite que o paciente consiga realizar mais horas de reabilitação no conforto do seu lar, reduzindo gastos e acelerando o processo de recuperação. Por outro, os profissionais de saúde podem tratar um maior número de pessoas com os mesmos recursos humanos, personalizar terapias e obter maior eficácia na reabilitação”, diz António Lindo da Cunha, coordenador do projeto em comunicado.

“A partir dos sensores distribuídos por toda a sola, as palmilhas, que se instalam no calçado do paciente, avaliam até 200 pontos de pressão do pé enquanto são realizados os exercícios determinados pelo terapeuta, em forma de jogo focado no equilíbrio (desenvolvido para o efeito), instalado no tablet”, explica a Universidade de Coimbra.

A informação do sistema é enviada, em tempo real, para o paciente e para o terapeuta através de uma plataforma web, “permitindo acompanhar a evolução da reabilitação e proceder a ajustes caso seja necessário”.

O coordenador do projeto estima que esta tecnologia implique “uma redução de custos de até 35%, com impacto direto nos gastos dos sistemas de saúde e na economia das famílias”.

O acidente vascular cerebral é uma das principais causas de morte em Portugal. Em todo o mundo, anualmente, existem 12 milhões de pessoas que sofrem um AVC e sobrevivem. Dessas, duas em cada três ficam com dificuldade em andar e com alto risco de queda.

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