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Presidente do Supremo diz que tudo fará para evitar greve dos juízes

05 nov, 2018 - 17:13

O presidente do STJ entende que a greve dos juízes transmite um clima de crispação. "Preocupa-me", diz António Joaquim de Piçarra.

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O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) considera que a greve dos juízes transmite um clima de crispação e diz que tudo fará para que seja encontrada uma solução para dissipar o diferendo com o Governo.

“A situação que envolve o anúncio de greve a realizar pelos juízes preocupa-me pelo clima de crispação que transmite ao país, mas acredito que o diálogo o dissipará. Da minha parte, tudo farei para que rapidamente se encontre uma solução”, disse, esta segunda-feira, à agência Lusa o juiz conselheiro António Joaquim de Piçarra, presidente do STJ desde 4 de outubro.

A Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) anunciou uma greve nacional de 21 dias, com início a 20 deste mês até 21 de outubro de 2019, em protesto contra a falta de acordo na revisão do Estatuto dos Magistrados Judiciais.

Os juízes deliberaram também suspender imediatamente a participação nos trabalhos de desenvolvimento dos "Acordos para o Sistema de Justiça".

O presidente do STJ mostrou-se preocupado com a marcação da greve dos magistrados e garantiu que tudo fará para que seja encontrada uma solução.

“Espero que haja bom senso e que o diálogo tudo resolva”, acrescentou o juiz.

A associação sindical entrega hoje à tarde o pré-aviso de greve ao vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura.

Está previsto que, este mês, a greve dos magistrados judiciais decorra nos dias 20, 21, 28, 29 e 30. Em dezembro, os juízes decidiram que vão parar cinco dias seguidos, de 03 a 07.

No próximo ano, a greve está marcada para 23 de janeiro, 22 de fevereiro, 15 de março, 8 de abril, 9 de maio, 26 de junho, 9 de julho e 11 de setembro. Os restantes três dias em outubro ainda não têm data definida.

Comentários
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  • Filipe
    05 nov, 2018 évora 18:34
    O anunciar de uma greve por parte de juízes , vale tanto na semelhança de um mafioso da máfia Italiana dizer que vai assaltar um banco . Portugal agora vive da justiça na Praça Pública e dos assuntos de Estado tratados em publicações literárias , não existe já sentido de Estado , mas sim uma mesa oval onde toda a gente comenta .

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