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Buscas da PJ relacionadas com alegadas ligações de um membro do PSD a clubes desportivos

27 jun, 2018 - 18:00 • Susana Madureira Martins

A Renascença apurou que foram feitas buscas aos gabinetes do presidente e vice-presidente da Câmara de Lisboa, bem como ao do vereador do urbanismo, Manuel Salgado.

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As buscas da Polícia Judiciária à Câmara Municipal de Lisboa desta manhã estarão relacionadas, entre outras suspeitas, com a procura de informação sobre eventuais ligações da empresa do social-democrata Carlos Eduardo Reis a clubes desportivos.

A Renascença apurou que foram feitas buscas aos gabinetes do autarca, Fernando Medina, do vice-presidente da Câmara, Duarte Cordeiro, e do vereador do urbanismo, Manuel Salgado. A investigação terá várias ramificações que têm a ver também com adjudicações directas e prestação de serviços a câmaras e juntas de freguesia, sobretudo de maioria PSD, mas também do PS.

Há uma outra linha de investigação relacionada com a contratação de militantes partidários por parte das autarquias, não havendo, ao que se sabe, nenhuma denúncia em concreto.

O PSD declara total disponibilidade para colaborar com as autoridades na investigação que envolve a distrital de Lisboa do partido e um conselheiro nacional social-democrata.

O secretário-geral do PSD, José Silvano, faz questão de demarcar a atual liderança dos factos em investigação.

"Esta investigação que está a decorrer é sobre factos anteriores à eleição deste líder do partido e desta direção do partido", referiu aos jornalistas.

"Quando assumimos a direção do partido", acrescentou em conferência de imprensa, "o presidente dr. Rui Rio e eu próprio assumimos publicamente três princípios: que não tínhamos medo de nada nem de ninguém; o passado e o presente falam por nós; o mandato para que fomos eleitos teria como foco principal o combate à corrupção, ao compadrio e à falta de transparência na vida política; nunca colocaríamos quaisquer obstáculos à procura da verdade doesse a quem doesse".

Na megaoperação da PJ foram realizadas 70 buscas que envolveram, para além do PSD de Lisboa, a concelhia do PS da capital, bem como serviços da Câmara.

Em causa, de acordo com uma nota da PGR, estarão os crimes de corrupção passiva, tráfico de influências e financiamento proibido.

O PS não faz comentários a esta investigação, apenas confirma as buscas da PJ e do Ministério Público e assegura que o partido colaborou com as autoridades em tudo o que lhe foi solicitado.
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