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“Não caia nisso”. Ortopedistas dão dicas para prevenir quedas nos idosos

18 abr, 2018 - 07:08

São vários os fatores que podem provocar a queda. A imobilização daí resultante pode mesmo causar a morte.

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"Não caia nisso" é o tema da campanha de sensibilização que a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) lança esta quarta-feira para prevenir as quedas na população idosa.

O responsável pela iniciativa, o ortopedista Carlos Evangelista, explica que as fraturas causadas por uma queda podem levar à imobilidade e a imobilidade pode causar uma grande dependência de terceiros ou até a morte.

As quedas podem ser provocadas por “problemas intrínsecos” à pessoa, como, por exemplo, “não vigiar a tensão arterial, não controlar a diabetes, ter tonturas, tomar mal a medicação e que são importantes identificar”.

Mas grande parte das quedas “acontecem dentro de casa”, pelo que a campanha dá alguns conselhos para as prevenir:

  • ter sempre atenção quando o chão está molhado
  • ter uma luz de presença no quarto durante a noite
  • retirar tapetes que possam provocar derrapagens
  • ter atenção com os fios
  • ter atenção à desarrumação

O responsável pela iniciativa lembra, em declarações à agência Lusa, que "conhecemos a nossa casa, mas ela própria encerra perigos que muitas vezes não detetamos porque nos são familiares".

Outro fator causador de queda é a fraqueza muscular. “Muitas vezes as pessoas com alguma idade que vivem sozinhas, têm tendência a estar muito tempo sentadas e mexem-se pouco o que acaba por causar a perda da musculatura e faz com que tenham uma base de sustentabilidade menor”, explica.

Além disso, "a má alimentação acaba por tirar capacidades físicas e cognitivas". Quando vivem sozinhas, as pessoas têm tendência a facilitar na qualidade da alimentação, não ingerindo os nutrientes necessários, alerta ainda o ortopedista.

Carlos Evangelista defende ainda que a própria estrutura médica terá de se preparar para o "flagelo das fraturas do colo do fémur", que ocupam muitas unidades hospitalares, e tornar-se "mais multidisciplinar", fornecendo a melhor técnica para a recuperação dos doentes.

O especialista considera que terá de haver uma grande cumplicidade entre a fisioterapia e a medicina interna, no sentido de "reequilibrar mentalmente, psicologicamente e fisicamente" as pessoas que se encontram em recuperação e que por se encontrarem debilitadas acabam por sofrer de atrofia da massa óssea ao não conseguirem motivação para reiniciar o percurso de tonificação muscular.

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