Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Caso Skripal. Ministro diz que posição portuguesa foi "a apropriada"

04 abr, 2018 - 11:38

Quase 30 países da Europa, América do Norte e Austrália, bem como a NATO, decidiram a expulsão de diplomatas russos, na sequência do envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal no Reino Unido.

A+ / A-

Veja também:


O ministro dos Negócios Estrangeiros insiste na defesa do posicionamento português no caso Skripal. No Parlamento, Augusto Santos Silva disse que Portugal optou por não recorrer à medida "do nível mais alto", preservando a operacionalidade da embaixada portuguesa em Moscovo.

Na sua intervenção defendeu que o Governo português considera que a decisão de chamar o embaixador português em Moscovo foi "a apropriada" tendo em conta a "informação disponível" e "a natureza dinâmica" do processo.

O chefe da diplomacia portuguesa, que esta manhã está a ser ouvido, a pedido do PSD, pelas comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros, Assuntos Europeus e Defesa sobre o caso Skripal, destacou que esta foi uma medida tomada "com prudência" e que Portugal mantém "todos os graus de liberdade".

“Decidimos começar não pelo fim”, disse, considerando que a chamada do embaixador Paulo Vizeu Pinheiro “para consultas” – no dia 27 de março e que se mantém ainda hoje - representou “um nível relativamente alto” de resposta diplomática, “mas não ainda o nível mais alto” - o que significaria a expulsão de diplomatas russos, como fizeram quase 30 países e a NATO.

Na semana passada, quase 30 países da Europa – incluindo mais de metade dos Estados-membros da União Europeia -, América do Norte e Austrália, bem como a NATO, decidiram a expulsão de diplomatas russos, afetando um total de 140 funcionários, na sequência do envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal no Reino Unido, cuja responsabilidade Londres atribui a Moscovo.

O ex-espião russo Serguei Skripal, 66 anos, e a filha, Yulia, de 33, foram expostos a um gás neurotóxico a 4 de março e encontrados inconscientes num banco perto de um centro comercial em Salisbury, sul de Inglaterra.

O Governo britânico responsabilizou a Rússia, mas Moscovo nega.

O ex-espião continua em estado crítico, mas a filha recuperou na semana passada e está consciente e capaz de falar, segundo as autoridades.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • MASQUEGRACINHA
    04 abr, 2018 TERRADOMEIO 16:10
    Daqui a um breve intervalo, já andam todos amigos novamente, a espiolharem-se uns aos outros e a irem à bola juntos. Por uma vez, Portugal fez-se difícil, e tenho a certeza que não terá sido por acaso, até muito pelo contrário - basta ver as reações. Ficam os "aliados" pelo menos a saber que o "yes" português não é 150% seguro logo à partida - neste como noutros assuntos, que o difícil é a primeira vez. E há coisitas, mesmo na UE, que precisam de unanimidade de votos... não é verdade? Yes.

Destaques V+