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“SuperNanny”. Julgamento da acção de suspensão marcado para 15 de Fevereiro

26 jan, 2018 - 22:33

SIC acatou a decisão do Tribunal de Oeiras de suspender a emissão do terceiro episódio do programa.

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O julgamento da acção sobre a suspensão do programa "SuperNanny" está marcado para 15 de Fevereiro, segundo a decisão do Tribunal de Oeiras a que agência Lusa teve acesso.

No despacho a juíza, Cláudia David Alves, refere que a contestação e as provas são apresentadas em audiência.

A estação de televisão SIC suspendeu o programa 'SuperNanny' na sequência desta decisão, considerando a empresa que inviabiliza a exibição do terceiro episódio do programa.

"A SIC confirma a recepção de uma decisão do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, que inviabiliza a exibição do terceiro episódio do programa 'SuperNanny'", explica a empresa em comunicado, adiantando que acata a decisão, mas que a lamenta.

A empresa refere ainda que "as restrições impostas equivalem, na prática, a alterações substanciais do formato original, tal como foi transmitido em mais de vinte países".

O Ministério Público interpôs "uma acção especial de tutela da personalidade" para que o programa 'SuperNanny', a emitir no próximo domingo, não fosse exibido, segundo nota da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Nessa ação, explicou a PGR, foi pedido ao Tribunal que fosse decretado, a título provisório e de imediato, "que o programa a emitir no próximo domingo não seja exibido ou, caso o tribunal julgue mais adequado, que essa exibição fique condicionada à utilização de filtros de imagem e voz que evite a identificação das crianças".

O programa 'SuperNanny' ficou envolto em polémica logo após a transmissão do primeiro episódio, emitido pela SIC no dia 14 de janeiro. No dia seguinte, a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens tomou uma posição contra o programa por considerar que existe um "elevado risco" de este "violar os direitos das crianças, designadamente o direito à sua imagem, à reserva da sua vida privada e à sua intimidade".

A criança que aparece no primeiro episódio do programa tem já uma medida de promoção e protecção acionada com o consentimento dos pais.

A segunda família, apresentada no programa do dia 21 de Janeiro, foi convocada para ser ouvida pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Sintra e o caso foi enviado para o Ministério Público.

No que respeita ao primeiro programa emitido, o Ministério Público, na sequência de certidão enviada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Loures, instaurou um inquérito para investigar factos suscetíveis de integrarem o crime de desobediência.

Este inquérito corre termos no DIAP da comarca de Lisboa Oeste.

O Instituto de Apoio à Criança (IAC), a Unicef Portugal e a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados manifestaram-se contra o programa, enquanto a Ordem dos Psicólogos Portugueses informou que já tinha dado um parecer negativo sobre o programa em Março de 2016.

Comentários
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  • 28 jan, 2018 03:27
    vai trabalhar bruxa!
  • Filipe
    27 jan, 2018 évora 23:58
    Eles suspenderam o programa porque adoram fazer viagens por conta da Ritalina , educar na forma presencial faz parte do passado e hoje metem-se as crianças drogadas e submissas ! Só um leigo hoje não dá conta dos efeitos mortais dessa droga .
  • Antonio
    27 jan, 2018 Vale de Cambra 05:25
    Falta-me saber, o que é Educação para alguma gente. Não sei como trabalha a pessoa que aconselha os Pais em Portrugal, mas o que a pessoa que faz este trabalho em França, SÓ MERECE ELOGIOS: Porque, crianças sem Educação = Adultos SELVAGENS.

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