Tempo
|
A+ / A-

Gripe. Actividade “moderada” em ano recorde de vacinação

04 jan, 2018 - 15:30

Quinze doentes estiveram nos cuidados intensivos e oito foram internados, revela a directora-geral da saúde.

A+ / A-

Veja também:


A época gripal que o país atravessa é considerada “moderada” pela Direcção-geral da Saúde. Segundo Graça Freitas, “há vários vírus” a circular, mas o predominante é o B.

Em conferência de imprensa, esta quinta-feira, a directora-geral da Saúde explicou que a estirpe B é a que “dá origem a épocas gripais moderadas” e com efeitos “menos graves”.

Graça Freitas chamou ainda a atenção para a importância da vacinação e adiantou que este ano bate o recorde de pessoas vacinadas até agora.

Reconhecendo que esta é uma época “com muita pressão sobre os serviços de saúde”, mas num discurso apaziguador, a responsável garantiu que existem medicamentos suficientes para fazer face aos casos de gripe e que foi activada uma reserva.

Além disso, ao nível dos centros de saúde e hospitais, já foram accionados alguns planos de contingência – uma decisão da responsabilidade de cada unidade de saúde, tendo em conta as circunstâncias da zona ou região a que pertencem.

Aos médicos foi dada a indicação de utilizarem antivirais em regime profiláctico (ou seja, como prevenção).

Até agora, segundo Graça Freitas, foram reportados 15 doentes com gripe em cuidados intensivos, tendo oito ficado internados. A maior parte destes doentes, sublinhou, são pessoas idosas com outras doenças associadas.

A taxa de mortalidade encontra-se “dentro da linha basal, de acordo com o que é normal nesta época do ano”, referiu ainda. Sendo sabido que há mais mortes nesta altura do ano, o número de mortes registado está “dentro do esperado para estes meses”, reforçou.

Esta quinta-feira, o “Expresso” avançou com a notícia – já confirmada à Renascença por parte do Centro Hospitalar de Lisboa Norte – de que o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, está com falta de camas.

A situação é motivada pela procura crescente por causa da gripe, mas o hospital garante que não está em causa a prestação de cuidados aos pacientes e explica que 60% dos utentes atendidos são de fora da área de influencia daquela unidade.

Prevenir antes de tudo

A DGS deixa recomendações para se proteger contra o frio. As principais são:

  • Manter o corpo hidratado e quente;
  • Manter-se protegido do frio (nomeadamente, as extremidades: através do uso de um cachecol, um gorro, luvas e calçado quente);
  • Manter a casa quente (entre os 18 e os 21 graus);
  • Manter-se em contacto e atento aos outros;
  • Estar especialmente atento caso tenha alguma doença crónica ou problema de saúde, dado que “as temperaturas extremas e frias são factor de descompensação”, diz Graça Freitas, directora-geral da saúde.

Outras recomendações importantes são:

  • Manter a correcta ventilação das divisões com lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos de aquecimento a gás;
  • Evitar dormir/descansar muito perto da fonte de calor;
  • Apagar ou desligar os sistemas de aquecimento antes de se deitar ou sair de casa;
  • Promover uma boa circulação de ar, não fechando completamente as divisões da casa, mas evitando as correntes de ar frio;
  • Atenção à utilização de botijas de água quente, para evitar o risco de queimadura;
  • Usar várias camadas de roupa, em vez de uma única muito grossa, e não demasiado justas para não dificultar a circulação sanguínea;
  • Fazer refeições mais frequentes encurtando as horas entre elas, dando preferência a sopas e a bebidas quentes, como leite ou chá;
  • Aumentar o consumo de alimentos ricos em vitaminas, sais minerais e antioxidantes (por exemplo, frutos e hortícolas), pois contribuem para minimizar o aparecimento de infeções;
  • Evitar bebidas alcoólicas, que provocam vasodilatação com perda de calor e arrefecimento do corpo.

A DGS sublinha que todos estes cuidados devem ser reforçados no caso dos grupos mais vulneráveis, ou seja:

  • Crianças nos primeiros anos de vida;
  • Pessoas com 65 ou mais anos ou com mobilidade reduzida;
  • Portadores de doenças crónicas;
  • Pessoas que desenvolvem actividade no exterior;
  • Praticantes de actividade física no exterior;
  • Pessoas que consomem álcool em excesso ou drogas ilícitas;
  • Pessoas isoladas ou em carência social e económica.
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • jacinto
    04 jan, 2018 almeirim 18:40
    VACINAÇÃO ! ? REGRA GERAL TODOS OS RECORREM ÀS URGENCIAS FOTAM VACINADOS, o que me leva a pensar que as vacinas não passam de soro fisiológico ou água destilada. GRANDE NEGÓCEO !

Destaques V+