Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Como aliviar as urgências? Bastonário dos Médicos defende centros abertos até à meia-noite

31 dez, 2017 - 12:34

Ordem admite situações complicadas e graves na urgência de alguns hospitais.

A+ / A-

O bastonário da Ordem dos Médicos defende que todos os agrupamentos de centros de saúde deviam ter uma ou duas unidades sempre abertas até à meia-noite, uma forma de dar resposta a doentes agudos e aliviar urgências hospitalares.

"Os centros de saúde deviam estar abertos até mais tarde, até à meia-noite deviam estar abertas pelo menos uma ou duas unidades por agrupamento de centros de saúde (ACES)", sugere Miguel Guimarães.

O representante dos médicos defende ainda que os centros de saúde com horário alargado devem ter disponíveis alguns meios auxiliares de diagnóstico.

Estas sugestões surgem numa altura em que as associações profissionais dos enfermeiros e dos médicos têm alertado para uma elevada procura nos serviços de urgência dos hospitais, descrevendo as situações como complexas ou mesmo caóticas.

Na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, pelo menos, alguns centros de saúde vão estar abertos até às 22h00, nomeadamente durante esta época do Fim de Ano.

Miguel Guimarães reconhece que há muitas pessoas que se descolam às urgências hospitalares e que não terão necessidade, mas lembra que os utentes só o fazem "porque sentem que não têm outra alternativa".

"Passámos anos a dizer às pessoas para irem às urgências. Agora temos de fazer um trabalho de educação para a saúde, explicando que há situações agudas que não necessitam de uma ida à urgência hospitalar. Mas para isso temos de ter os cuidados primários preparados para receber as pessoas. O Ministério da Saúde ainda não criou essas condições", afirmou o bastonário.

A Ordem dos Médicos assume que há situações anómalas e graves nas urgências de alguns hospitais nos últimos dias, embora não generalize o panorama a todas as unidades do país. "Na última semana houve algumas situações complicadas", disse o bastonário em declarações à agência Lusa.

Miguel Guimarães deu ainda o exemplo do Hospital de Faro, onde refere que nos últimos dias se chegaram a registar esperas de 20 horas nas urgências. "Faro tem problemas gravíssimos, há muito. Inclusive tem escalas de médicos incompletas e muitas vezes só asseguradas por internos", afirmou.
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • A. Simões
    31 dez, 2017 Linda-a-Velha 21:20
    Interessante os vossos "critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação"... Publicam qualquer alarvidade, com excepção dos comentários que ajudam a melhorar a qualidade da informação. Compreende-se: os primeiros, sendo devidamente identificados, são da responsabilidade de quem comenta. Portanto, a Direcção de Informação publica, e lava daí as mãos; os segundos, ainda que identificados, põem a nu a vossa falta de profissionalismo, e ao invés de agradecer a chamada de atenção, corrigem, mas não publicam !
  • Jorge
    31 dez, 2017 LIsboa 16:20
    Há falta de médicos, enfermeiros e meios de toda a natureza. Aqui há dias num dos hospitais de Lisboa estavam já a fazer triagens para classificar de entre os pacientes urgentes quais eram apenas urgentes e quais eram urgentíssimos. Os bombeiros não tinham ambulâncias disponíveis. As esperas por meios de diagnóstico já chegavam a cinco horas. Havia gente espalhada pelos corredores em maca à espera de assistência. No Centros de Saúde os médicos não chegam já para dar conta dos pedidos de consultas de urgência e se as conseguimos somos despachados sem possibilidade de grandes diagnósticos. Só quem tem estado doente é que sabe o estado geral em que isto está.
  • para alarmista
    31 dez, 2017 lx 15:55
    esta Ordem não poderia ser melhor!...Aliás, podem juntar-se à militante Passista da bastonaria da Ordem dos enfermeiros! Tocam pelo mesmo diapasão!
  • lucas
    31 dez, 2017 lisboa 15:06
    Mas anda tudo parvo.Querem passar as férias de Natal metem os velhos nos hospitais..Têm uma constipação vão a correr para os hospitais.Não se agasalham convenientemente e depois vão para os hospitais.Não se previnem na alimentação para se defenderem e vão para o hospital.Coem todas as porcarias no natal apanham vírus e vão para o hospital. Não sabem que existe uma linha de saúde que os pode aconselhar e correm para o hospital.
  • A. Simões
    31 dez, 2017 Linda-a-Velha 14:58
    "alivar" as urgências ?
  • O Tal
    31 dez, 2017 Por Aí 14:54
    Exactamente, mais umas horas extras, para os senhores doutores!!
  • Pedro
    31 dez, 2017 14:45
    Também há quem despeje os velhos no hospital para ir para as festas e de férias
  • Hermano
    31 dez, 2017 Lisboa 14:42
    Ardem meia dúzia de pinheiros e pessoas e temos o Presidente no terreno a confortar ,este período mata entre 5000 a 8000 portugueses e tudo bem coitados morreram de doença? por falta de assistência?No primeiro caso vai fazer-se o confisco das propriedades a Norte velho sonho do PCP etc neste ultilmo caso deixam de se pagar um numero considerável de reformas/pensões parece eutanásia passiva propositiva..Virá a ditadura novamente.?

Destaques V+